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‘Crateras’ deixam motoristas em pânico

A Rua Eduardo Pinto Rocha, na Vila Osternack, está um verdadeiro caos. Apenas 70 metros sem pavimentação são suficientes para colocar em risco a vida de moradores, pedestres e motoristas que trafegam pelo local.

Buracos, chamados de crateras pelos motoristas, tomam conta do espaço. E em dia de chuva a situação é ainda pior. Os buracos se enchem de água e fica difícil para os motoristas avaliarem o risco de passar pelas poças de água.

O administrador de empresas Leonel Garbin, já virou o anjo da guarda de quem passa pelo pequeno trecho, que fica sob a BR-116. “Já ajudei muita gente, principalmente com pneu furado. Mas tem problema de água no motor, nos carros mais antigos, e água no distribuidor, nos carros mais novos. Sempre que chove isso piora”, conta Leonel.

E o prejuízo não é apenas com pneus furados. Os motoristas que utilizam a via com freqüência sofrem com constantes manutenções nos carros. “Está complicado. O prejuízo é grande. Da muito problema no carro”, reclama Paulo Dutra de Almeida, trabalhador de construção civil.

Marcos Borges
Paulo Dutra: o prejuízo é grande.

Moradores que precisam percorrer os 70 metros para atravessar por sob a rodovia sofrem ainda mais. O risco de atropelamento é corriqueiro. Emiliano Aparecido Carvalho sofre com as dificuldades para passar com o caminhão pelo local, muitas vezes tendo de desviar o trajeto em até um quilômetro, mas reclama ainda mais da dificuldade de circular pelo local a pé.

“Aqui tem muito risco de acidente. É muito complicado. É um risco e quando alaga aí é que ninguém passa”, diz o caminhoneiro que mora na região. De acordo com a concessionária Autopista, que administra o trecho e é responsável pela obra, o término da cobertura do asfalto é uma parceria com a prefeitura de Curitiba. O órgão municipal é responsável pelo projeto e a concessionária pela execução da obra. No entanto, o governo não tinha providenciado o plano básico ambiental, que só foi encaminhado no começo de fevereiro. A falta do documento impedia a continuidade da obra. Não há prazo para que o projeto seja liberado. A Autopista assegura estar no aguardo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deve publicar a autorização em Diário Oficial. Por meio da sua assessoria de imprensa, a prefeitura informou que também está na dependência da autorização da ANTT para dar continuidade à obra. Enquanto isso, os motoristas terão que esperar.