Crateras assustam moradores de Araucária

Moradores de um conjunto residencial formando por cinco casas em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), estão apavorados com as rachaduras que apareceram nos muros, paredes e calçadas. As construções têm apenas oito meses e, em janeiro, as pequenas rachaduras se tornaram crateras. Por recomendação da Defesa Civil, o casal que mora na residência com mais problemas teve que sair do local.

?A casa tinha algumas rachaduras pequenas. Mas com as chuvas de janeiro aumentou. A Defesa Civil recomendou que a gente saísse?, contou a professora Danieli Strugala, que se mudou para nova casa logo após casar, no início de janeiro. Na casa da professora, a calçada está se desmanchando com o movimento da terra e formou buracos de três metros de profundidade. O muro está todo partido e as rachaduras das paredes já se transformaram em buracos.

Na residência do casal Daniel e Ecléia Moreira, as grandes rachaduras são visíveis nos muros e nas calçadas. ?Mas no nosso quarto já tem duas trincas pequenas?, contou Daniel. Na entrada da garagem do casal o movimento da terra originou uma cratera de 2,8 metros de profundidade. ?A Prefeitura veio e fechou porque estava perigoso. Mas depois abriu outro buraco?, afirmou. Todos os moradores do conjunto estão pagando o financiamento das casas. ?Não podemos deixar de pagar porque em três meses eles tiram a casa da gente?, reclamou a moradora Terezinha de Fátima Alves. Os moradores reclamam que a Prefeitura está omissa.

O advogado dos moradores, Mário Sérgio Rocha, afirmou que já entrou com um procedimento administrativo no Ministério Público Estadual para apurar a responsabilidade criminal na construção. ?E se até semana que vem não resolvermos vamos entrar na Justiça?, garantiu.

Responsabilidade

A empresa Minerais do Paraná (Mineropar) está fazendo o laudo sobre o problema que está ocorrendo no local. O estudo deve ficar pronto na semana que vem, mas técnicos da empresa adiantaram que as casas foram construídas em um fundo de vale e o problema pode ser por causa de imperfeições na compactação da terra agravada pelas chuvas. Segundo a Mineropar, as manilhas instaladas para coleta da água da chuva podem estar rachadas também em função da movimentação da terra.

A Empresa de Saneamento do Paraná (Sanepar) informou que a tubulação que possui no local é muito pequena e não possui vazamentos. Já as manilhas seriam de responsabilidade da Prefeitura. A reportagem do O Estado não conseguiu contato ontem com ninguém da Prefeitura. A reportagem também tentou contato diversas vezes com o vendedor das casas, mas não foi atendida.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo