A natureza original da região costeira do Sul do Brasil está praticamente destruída. O ambientalista Adalberto Eberhard percorreu 89 cidades da costa litorânea do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e constatou a situação desoladora da paisagem natural, com a escassez de áreas úmidas, principalmente lagoas, lagunas costeiras, banhados e manguezais, no relato que chamou de “A propagação de zonas mortas no litoral Sul do Brasil”. As poucas e boas exceções destacadas por ele são do Paraná.
A melhor situação do Paraná é justificada pela proximidade da Serra do Mar com a faixa de rios e mares, o que não favorece atividades agrícolas de grandes superfícies. O estudo destaca também o grande número de áreas protegidas no Estado, de iniciativa pública e privada.
“Existem outros problemas, como a erosão por ocupação agrícola indevida nas encostas de morros, atividades portuárias de alto impacto, esgoto, adensamento urbano nos balneários e destruição de restingas, brejos e dunas”, ressalta.
Outro alerta é em relação às araucárias. “Como indivíduos são mantidas por sua beleza, mas o ambiente natural associado às mesmas está desaparecendo”, aponta.
Ele lamenta que os recursos financeiros estejam centralizados nos grandes centros, não sendo distribuídos para a conservação no interior dos estados. A análise completa está disponível em http://adalbertoeberhard.blogspot.com.
