Os funcionários dos Correios no Paraná deram mais uma semana de prazo para a empresa melhorar a proposta de acordo coletivo. Em assembleias realizadas na noite de ontem em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, a categoria rejeitou a proposta da estatal e decidiu não iniciar a paralisação hoje, como estava previsto. “Se até a assembleia do dia 18 não houver proposta razoável, vamos deflagrar greve a partir da zero hora do dia 19”, avisa Beatriz Fernandes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).

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Os funcionários pedem reajuste salarial linear de R$ 200, aumento real de 10% e reposição de 33%. A estatal ofereceu inicialmente 3% de aumento e, na semana passada, ampliou a oferta para 5,2%, elevando também o vale-alimentação de R$ 25 para R$ 26,50 e o vale-cesta de R$ 140 para R$ 147.

Os sindicalistas também criticam o alto grau de terceirização na empresa e o baixo aproveitamento dos aprovados em concurso público. “Eles só contrataram metade dos aprovados. Muitos não passam na experiência e, além disso, o sistema de avaliação médica é até mais rigoroso que o exame da Polícia Militar, o que faz com que boa parte seja reprovada”, critica Beatriz. “Somos contra a terceirização e a sobrecarga de trabalho”.

Salários

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Em todo o Paraná, os Correios contam com cerca de 6 mil trabalhadores. O salário-base é R$ 942,75, com adicional de 30% de insalubridade para os carteiros, “quebra de caixa” para os atendentes e R$ 100 aos auxiliares de triagem. Pela proposta da estatal, o salário-base passaria para R$ 991,77.

Aberto ao diálogo

Em nota, os Correios informaram que “continuam abertos ao diálogo e acreditam que tenham oferecido proposta adequada para fechamento do acordo coletivo. No entanto, em caso de paralisação, tomará as medidas cabíveis para garantir a normalidade do atendimento à população brasileira”.

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