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Correios ingressam com dissídio coletivo no TST

Bastou os trabalhadores de dois estados entrarem em greve para os Correios ingressarem, ontem, com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). “Acreditamos que esse pedido não tem validade porque a federação ainda não apresentou à direção o quadro nacional de rejeição à proposta. Não é toda categoria que está parada”, reagiu Beatriz Fernandes, secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).

Segundo a sindicalista, só estão em greve os funcionários de Pará e Minas Gerais. Sindicatos de 21 estados -entre eles o Paraná – farão assembleias na terça 18 para aprovar a paralisação; os demais, somente no dia 25. Enquanto isso, a orientação do Sintcom-PR é que os trabalhadores cumpram a jornada normal de 8 horas e não trabalhem nos fins de semana. “Há sobrecarga de horas extras para manter o trabalho em dia, além do salário abaixo do esperado”, comenta Beatriz.

A ação protocolada pela estatal em Brasília pede a revisão do acórdão vigente, fruto do dissídio de greve de 2011 e tem validade por quatro anos; esclarecimento de dúvidas sobre a cláusula que trata do vale-refeição/alimentação extra, fornecido pela empresa a todos os trabalhadores em dezembro; e a intermediação na greve, motivada pelo esgotamento das negociações.

Propostas

Os Correios ofereceram 5,2% de aumento nos salários e benefícios, o que elevaria o salário-base inicial para R$ 991,77. Com o adicional, o vencimento dos carteiros (cargo de nível médio) passaria para R$ 1.289,30. Mas a categoria pleiteia R$ 200 de reajuste linear mais 43,7% de correção (10% de ganho real mais 33% de perdas).

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