Correios ameaçam pedir dissídio coletivo

A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) encerrou ontem as negociações com o comando nacional de greve dos trabalhadores, paralisados desde a quarta-feira da semana passada. Na última reunião, em Brasília, foi mantida a proposta da semana passada, considerada insuficiente pelos funcionários.

De acordo com o assessor de imprensa dos Correios, Fausto Weiler, se até o meio-dia de hoje os funcionários não decidirem pelo fim da greve, a empresa entrará com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). ?Eles precisam perceber que a coisa é séria. Já cedemos demais?, declarou.

A proposta recusada oferece reajuste de 3,74%, R$ 50 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e abono de R$ 400. ?A proposta é indecente e por isso continuamos em greve?, informou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos.

Os trabalhadores não abrem mão do aumento real de R$ 200, além de reposição salarial de 47,77% e ampliação de benefícios, como licença-maternidade de seis meses, segurança nas agências dos Correios e adicional de periculosidade. O Sintcom-PR realiza nova assembléia hoje, às 10h, em frente ao prédio central dos Correios, na Rua João Negrão, centro de Curitiba.

Adesão

Durante o fim de semana, a adesão ao movimento no Paraná aumentou, segundo Santos. ?Estamos com 85% dos trabalhadores parados, com aumento de adesão em cidades como Arapongas e Apucarana.? Já a estimativa da estatal é que 45% dos carteiros tenham aderido, setor que estaria mais comprometido. Segundo a assessoria de imprensa dos Correios no Estado, o número de funcionários parados nas agências não é expressivo. A empresa garantiu que o tratamento e a entrega das cartas continua, enquanto os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta estão temporariamente interrompidos.

Pagamentos

Caso a greve se prolongue, faturas ou contas de telefone, água ou luz podem chegar atrasadas nas residências. Mesmo assim, os pagamentos devem ser feitos na data prevista. ?A greve não exime o consumidor de pagar suas contas em dia ou de possíveis juros?, garante Ivanira Pinheiro, coordenadora do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon-PR). Ela orienta o consumidor a procurar o fornecedor e pedir uma segunda via do boleto bancário ou da fatura e efetuar o pagamento no dia correto. ?O consumidor que comprou o bem ou contratou o serviço sabe o dia do vencimento.?

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo