O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, assinou ontem um protocolo de intenções com o ministro do Meio Ambiente do Paraguai, Luis López Zayas, para a implantação do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná. O ministro veio conhecer o Programa Paraná Biodiversidade, da Secretaria de Meio Ambiente, que prevê a recuperação dos corredores de biodiversidade existentes no Estado.
O programa deverá ainda integrar os remanescentes florestais, permitindo o trânsito de animais e a disseminação de espécies vegetais. O Programa Paraná Biodiversidade recebeu investimentos de cerca de US$ 32 milhões
?O Paraná é o primeiro estado a construir ferramentas efetivas de monitoramento dos trabalhos de conservação da biodiversidade, o que poderá orientar toda a política pública de conservação ambiental e que já está sendo exemplo para países como o Paraguai?, declarou o secretário Cheida.
Com a assinatura do termo, Paraná e Paraguai deverão trocar informações e tecnologias para implantar ações conjuntas de conservação da biodiversidade. A área de abrangência do corredor ficará definida como território internacional fazendo com que parques nacionais, unidades de conservação e áreas naturais protegidas públicas e privadas sejam totalmente interligados.
Um grupo de trabalho será constituído para que, no prazo de seis meses, os problemas sejam dimensionados para a implantação do corredor. ?O rio que nos separa precisa ser algo que nos une. A fauna e a flora não têm fronteiras e o trabalho em parceria com o Paraná é essencial para a preservação do meio ambiente nos dois países?, declarou o ministro paraguaio.
Tráfico de animais
Cheida destacou a importância da parceria com o Paraguai para coibir o tráfico de animais silvestres, pois o Paraná é o segundo estado do País nesse quesito criminoso, respondendo por 3 dos 12 milhões de animais traficados no Brasil, dos quais aproximadamente 80% acabam morrendo.
O maior número de apreensões de animais feitas no Paraná este ano foi na região da fronteira, em Foz do Iguaçu. ?Precisamos de ações conjuntas em termos de repressão e educação?, declarou Cheida, lembrando que em março a Secretaria de Meio Ambiente lançará uma rede de combate ao tráfico de animais em parceria com a Polícia Federal, órgãos estaduais e municipais.