O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para o próximo ano a decisão sobre o pagamento de expurgos inflacionários a poupadores que alegam prejuízos com a correção indevida das cadernetas de poupança nos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. Com três ministros fora do julgamento – Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia – o governo admite que a tendência do tribunal é garantir a vitória dos poupadores.
Ontem, iniciado o julgamento, o ministro Marco Aurélio Mello sugeriu o adiamento do caso para fevereiro de 2014, quando os ministros regressam do recesso de final de ano. Entretanto, a maioria dos ministros decidiu iniciar o julgamento, ouvindo argumentos dos dois lados, deixando os votos para serem proferidos no ano que vem.
A sessão de ontem foi marcada pela divergência sobre o impacto da decisão do tribunal. O governo calcula que os bancos poderão perder até R$ 150 bilhões. Os poupadores se valem de um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) para reduzir o impacto a pouco mais de R$ 8,4 bilhões.