Luto

Corpo de Zilda Arns será sepultado esta tarde em Curitiba

O velório da médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, prossegue nesta manhã no Palácio das Araucárias, em Curitiba. O velório começou nesta sexta-feira e somente foi interrompido durante algumas orações para a família e durante a visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, no fim do dia.

Às 14 horas, haverá a celebração de uma missa de corpo presente em memória de Zilda Arns, no Palácio das Araucárias. Às 16 horas, a médica será sepultada no Cemitério da Água Verde.

Ontem, estiveram no velório o prefeito de Curitiba, Beto Richa, os governadores do Paraná, Roberto Requião, de São Paulo, José Serra, de Santa Catarina, Luiz Henrique Silveira, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), o deputado José Anibal (PSDB-SP), os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Ideli Salvatti (PT-SC) e Eduardo Suplicy (PT-SP), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O corpo de Zilda Arns chegou do Haiti na madrugada de ontem em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em Brasília, e seguiu para Curitiba, onde chegou às 10h30. Acompanharam o voo o senador Flavio Arns (PSDB-PR), sobrinho da médica, e o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança. Irmã do cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, ela dedicou sua vida a trabalhos de solidariedade e ao combate à desnutrição infantil. Em 1983, a pedido do irmão, fundou a Pastoral da Criança, entidade que tem apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e atua em 27 países. Também estava envolvida na coordenação da Pastoral da Pessoa Idosa.

Zilda nasceu em Forquilhinha (SC), era viúva e deixa quatro filhos; Rubens, Nelson, Rogério e Heloísa. Ela será enterrada no Cemitério da Água Verde, em Curitiba, ao lado de seu marido, Aloysio Bruno Neumann, falecido em 1978, e de uma filha que perdeu dias após o parto. No Haiti, Zilda participava da Conferência dos Religiosos e acompanhava o início dos trabalhos da Pastoral da Criança no país.

Sua atuação rendeu diversos prêmios e homenagens no Brasil e no mundo. Ela foi a indicada oficial do governo brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz quatro vezes: em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em janeiro de 2006, dentro da campanha “Mil Mulheres para a Paz”, foi uma das indicadas ao Nobel junto com outras 999 mulheres de todo o mundo. Na quinta-feira, o governador do Paraná sugeriu ao presidente Lula o lançamento da candidatura póstuma de Zilda Arns ao Prêmio Nobel, caso seja possível.