Cardiologia

Coração é tema de simpósio internacional em Curitiba

Os métodos para prevenir o infarto e as novas técnicas de tratamento cardíaco foram alguns dos temas discutidos durante o 9.º Simpósio Internacional de Cardiologia Invasiva para Clínicos (Cardiointerv).

Durante o evento, realizado entre a última sexta-feira e ontem, no Hospital Cardiológico Costantini, em Curitiba, especialistas de todo o País e do exterior abordaram as vantagens e a melhor indicação entre a cirurgia e a angioplastia para tratamento do entupimento das artérias.

De acordo com o diretor clínico do Hospital Constantini, Marcelo de Freitas Santos, a doença coronariana, caracterizada pela formação de placas de gordura nas artérias cardíacas ou no carotídeo, é a principal causa de mortalidade no mundo, superando, além das demais doenças, as mortes não naturais. No entanto, segundo Santos, o diagnóstico adequado e o tratamento correto podem efetivamente salvar a vida do paciente.

Para o cardiologista, o procedimento da angioplastia, que prevê a intervenção por cateter, evita que o paciente seja submetido à cirurgia, o que pode possibilitar uma recuperação mais rápida. “A angioplastia tem uma certa vantagem porque tem um índice de mortalidade menor, comparado à cirurgia. Porém, não é a todos os pacientes que a gente pode indicar a angioplastia”, afirma Santos.

Segundo ele, o procedimento é preterido em casos, principalmente, de diabéticos que tenham a doença em mais do que três vasos. “Há também a situação do tronco da coronária esquerda, que ainda persiste a indicação cirúrgica, porém hoje a literatura já mostra um grande avanço na angioplastia como tratamento”, diz.

Um dos métodos mais bem sucedidos para a angioplastia é a utilização dos stents farmacológicos, que são as próteses de metal, recobertas com medicamentos, para abrir a passagem de sangue ao músculo do coração.

Segundo o cardiologista, a mortalidade intra-hospitalar em procedimento de angioplastia varia de 0,1% a 0,2%. “No caso de infarto, quando já se caracteriza uma situação de emergência, esse índice sobe para 2% a 3%”, afirma.

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