A qualidade do fornecimento de energia elétrica no Paraná está no centro das atenções após a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) encaminhar um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O documento solicita uma fiscalização mais rigorosa sobre os serviços prestados pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), visando melhorias no abastecimento de energia no estado.

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“Desde a privatização da Copel, a qualidade do serviço caiu consideravelmente. Nos últimos anos, os paranaenses têm enfrentado interrupções constantes no fornecimento de energia, seguidas de longos períodos de demora para o restabelecimento do serviço”, afirma Luciana.

Queda no ranking nacional

Dados da própria ANEEL revelam uma preocupante tendência. Nos relatórios anuais de Desempenho Global de Continuidade (DGC), a Copel despencou da 15ª para a 25ª posição entre 2013 e 2023, figurando agora entre as cinco piores distribuidoras do país.

Ação do Ministério Público

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também entrou em cena, movendo uma ação pública relacionada às interrupções no município de Curiúva. O processo exige que a Copel forneça energia de maneira eficiente, regular e contínua, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, além de uma indenização de R$ 1 milhão pelos prejuízos causados aos consumidores.

Impacto no setor agrícola

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O setor agrícola tem sido particularmente afetado, com diversos relatos de perdas devido às falhas no fornecimento de energia. Agricultores reclamam da falta de ressarcimento adequado por parte da distribuidora.

Eventos recentes

Em outubro e dezembro deste ano, novos problemas ocorreram após intempéries no estado. Mais de 32 mil domicílios nas regiões oeste e sudoeste ficaram sem energia em outubro, enquanto em dezembro, 19 mil residências foram afetadas.

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A Copel atribui os problemas às condições climáticas adversas. No entanto, a deputada Rafagnin contesta: “Embora os fatores climáticos possam impactar o fornecimento de energia elétrica, é evidente que a Copel não tem conseguido diminuir esses impactos, o que prejudica significativamente os consumidores paranaenses”.

Com este novo pedido de fiscalização, espera-se que a ANEEL tome medidas para garantir um serviço de qualidade aos paranaenses, assegurando um fornecimento de energia elétrica mais confiável e eficiente em todo o estado.