Quem desembarcar no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e precisar de um táxi, pode ter a chance de ser transportado pelo primeiro táxi elétrico a ser colocado em circulação no País.
O veículo foi lançado ontem, assim como o primeiro eletroposto da Copel – um posto para recarga de carros elétricos fixado entre o terminal de desembarque e o estacionamento do aeroporto.
Com carga cheia, o táxi elétrico tem autonomia para circular até cem quilômetros. Ele foi desenvolvido através de uma parceria entre a Copel, Itaipu Binacional, Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento) e empresas privadas. Os trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos nos últimos dois anos.
“O carro elétrico é muito mais econômico que os carros convencionais, pois tem manutenção e consumo mais baratos. A carga cheia do táxi colocado em circulação no Aeroporto Afonso Pena custa entre R$ 5,00 e 8,00. Isto deve se refletir em economia aos passageiros”, disse o presidente da Copel, Ronald Ravedutti. “Este primeiro veículo vai ser utilizado de forma experimental. Porém, esperamos que, até a Copa de 2014, tenhamos vários táxis elétricos em circulação”.
Alguns problemas relativos ao carro elétrico que ainda precisam ser solucionados dizem respeito à recarga de bateria e formas de pagamento da corrida. O táxi utilizado de forma experimental leva oito horas para ter sua bateria recarregada, após ser conectado ao eletroposto.
Porém, já existe, em outros países do mundo, tecnologia que permite que a recarga aconteça entre trinta e quarenta minutos. “O ideal é que ela não leve mais que cinco minutos. A bateria deve ser de substituição rápida ou de maior autonomia”, afirmou Ravedutti.
Em relação a pagamento, os passageiros que utilizarem o táxi na saída do aeroporto irão, previamente, adquirir um voucher, recebendo desconto no valor de sua corrida.
Porém, a ideia é de que, nos próximos anos, o pagamento possa ser realizado com cartão de crédito. “O táxi elétrico é um projeto bastante audacioso. O lançamento deste primeiro veículo e do eletroposto representa um marco para a cooperativa, que é parceira da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e já pensa em ampliar seu atendimento no Afonso Pena”, comentou a presidente da Cooperativa Aerotáxi, Iara Diva Thomaz.
Segundo o governador Orlando Pessuti, que ontem foi ao aeroporto presenciar o lançamento do táxi elétrico, devem ser criadas políticas fiscais e tributárias para, no futuro, incentivar o uso de carros elétricos no Paraná.
“Iremos estudar a retirada do valor do ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) para compra de veículos elétricos”, anunciou. “Além de mais econômicos, os carros elétricos têm emissão zero de poluentes, sendo que a demanda por este tipo de energia será crescente nos próximos anos”.
Até o final do ano, outros táxis elétricos devem ser colocados em circulação e eletropostos instalados no Paraná, em cidades como Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel, Londrina e Ponta Grossa.
