O investimento em tecnologia e a atuação de equipes especializadas ajudaram a Copel a dobrar a efetividade das ações de combate ao furto de energia. Além de ser crime e injusto com os consumidores que pagam regularmente as contas, o furto de energia sobrecarrega a rede, prejudica o fornecimento e causa acidentes fatais.
“É nossa responsabilidade coibir o furto de energia”, afirma o gerente de perdas não técnicas da Copel, Eduardo Ditzel Neto. As ligações clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com eletricidade no Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção e manutenção predial.
Com equipamentos que permitem identificar fraudes ocultas em medidores e coibir ligações clandestinas, a Companhia realizou 5.889 autuações no primeiro semestre de 2014.
No Paraná, a cada quatro inspeções realizadas, uma fraude é identificada. Em Curitiba, a efetividade é ainda maior: a cada três vistorias, uma autuação é realizada.
A efetividade do trabalho de combate ao furto de energia dobrou em comparação com o mesmo período de 2013, quando os técnicos da Copel identificavam uma irregularidade nos medidores em cada oito inspeções realizadas.
“Encontramos casos de fraudes em residências, comércios e indústrias”, diz Eduardo Ditzel Neto, ressaltando que o crime de furto de energia está previsto no artigo 155 do Código Penal.
A prática também pode causar acidentes fatais. O risco de acidentes deve-se à falta de padronização e proteção adequada das ligações ilegais, muitas vezes com exposição de cabos de energia.
Eficiência
“O crescimento no número de autuações por inspeção realizada se deve principalmente à preparação de nossas equipes e aos aparelhos tecnológicos e sistemas que nos ajudam a identificar as localidades com maior risco de haver fraude. Não foi o número de fraudes que aumentou, e sim a nossa eficiência em busca dos fraudadores”, esclarece Eduardo Ditzel Neto.
O furto ocorre através de ligações clandestinas, em que a energia é retirada diretamente da rede e, principalmente, com fraudes em medidores para que registrem menos do que a energia consumida.
Atualmente, as perdas comerciais causadas por furto estão abaixo de 3% do total da energia comercializada pela Copel. Embora represente danos representativos à empresa, ainda é um dos menores índices do país.