Este ano a compra de material escolar começou um pouco mais cedo, em função da antecipação do calendário escolar para compensar os dias de recesso durante os jogos da Copa do Mundo. Tanto para a rede particular, quanto para a rede pública, as atividades estão previstas para iniciar a partir do dia 10 de fevereiro.
O aumento significativo dos preços tem sido o fator que mais chamou a atenção dos pais. “Reparei que todos os itens da lista subiram muito. Tudo está mais caro”, afirma Juliane da Silva. Mãe de uma menina de 7 anos, Juliana diz que a lista não mudou muito, mas o gasto surpreendeu. “Este ano estou andando mais e comprando aos poucos”, conta Silva.
Para Roseli Vasconcelos, a correria já passou. Ela comprou quase todos os itens no final do ano passado e agora apenas pesquisa os materiais que faltam. “Adiantei as compras por que todo mundo deixa pra ultima hora e as papelarias ficam muito cheias”, explica Roseli.
De acordo com Roseli, a maior dificuldade foi escolher aonde comprar. “Pra pagar mais barato tem que percorrer todas as papelarias. Como eu já pesquisei bem, agora só estou comprando o que faltava em lugares que já havia visto um preço mais acessível”, diz Roseli.
Já para Lucimar Leal Ribeiro, a compra de volta às aulas foi um pouco mais leve. Com um filho de 11 anos, ela lembra como gastava muito nessa época. “Até a 5.ª série as escolas exigem muita coisa. Até papel higiênico tinha que comprar”, conta Lucimar.
Agora, que o filho passou para o sexto ano do ensino fundamental, sobrou mais para Lucimar investir na compra de material escolar. “Antes a gente comprava muita coisa que ficava para as escolas. Sem essa exigência, que pesa muito, posso dar um caderno do jeito que ele quer para não ouvir reclamação”, brinca Lucimar.
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Roseli: “Tem que pesquisar”. |
Cuidado com listas abusivas
Algumas escolas elaboram listas abusivas, que exigem a entrega de materiais que não são de responsabilidade dos pais. Como Lucimar relata, muitas escolas pedem papel higiênico, pasta de dente, toalhas e outros materiais de uso coletivo. Porém, de acordo com o Procon-PR a pratica é expressamente contra lei e os pais podem se recusar a comprar esse tipo de material.
“A legislação é clara quanto à responsabilidade desses itens de uso coletivo. Os pais apenas possuem responsabilidade de arcar apenas com o material escolar de uso pessoal de seus filhos”, explica a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano. De acordo com a coordenadora, materiais de uso coletivo são de responsabilidade exclusiva das escolas.
Volatilidade
Até a próxima segunda-feira (13), o Procon-PR divulgará uma lista de lojas e papelarias de Curitiba e Região Metropolitana elaborada em cima de uma pesquisa feita sobre a volatilidade dos preços de materiais escolares. De acordo com o órgão, um mesmo produto pode chegar a custar mais que o dobro de uma loja para outra.
Para a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, os pais devem pesquisar para não pagar caro. “Notamos que nesse ano a flexibilidade dos preços dos itens escolares está muito grande. Existe uma variação de R$ 2 a R$ 3 por item que no final deixa a conta salgada”, explica.
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Juliane: “Tudo está mais caro”. |
Outra dica que a coordenadora deixa é a compra coletiva. “Para reduzir o preço, os pais podem se organizar e fazer as compras em grupos. Is,so baixa significativamente o valor final dos produtos”, aconselha Claudia.
Outra prática simples que também contribui para poupar o bolso é o reaproveitamento. “Um material que não utilizamos e teríamos que comprar novamente também ajuda a aliviar um pouco a conta”, diz a coordenadora.
Calendário
Neste ano o calendário escolar inicia as atividades com os alunos a partir do dia 10 de fevereiro.
Por conta dos jogos da Copa do Mundo, durante os dias 16, 17, 18, 20, 23 e 26 do mês de junho, as atividades serão paralisadas para recesso, tanto para rede particular, quanto para rede pública de ensino. Já o recesso do meio de ano ficará entre os dias 30 de junho e 14 de julho.