Um convênio assinado ontem pelo secretário de Estado da Justiça e da Cidadania, Aldo Parzianello, e o delegado regional do Trabalho do Paraná, Geraldo Serathiuk, facilitará a emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social aos presos que estiverem saindo dos presídios. Na reunião, também estavam presentes os diretores de todas as unidades do Sistema Penitenciário paranaense.

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Pelo que foi acordado, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) atribui à Secretaria de Justiça e Cidadania a condição de emitir a carteira de trabalho aos egressos. Para isso, técnicos da DRT irão qualificar os funcionários da secretaria para fazer, ainda dentro da unidade penitenciária, tal emissão. A decisão vai beneficiar todos os presos do sistema penitenciário paranaense, que hoje passam dos oito mil.

Para o secretário, a emissão da carteira de trabalho é o primeiro passo para se devolver a cidadania ao preso. "Se não dermos a condição de cidadão ao preso aqui fora, o propósito da pena (a reeducação) não terá sido cumprido", comenta.

Além da carteira, há a preocupação com a qualificação do preso. Por isso, a DRT já encomendou um estudo sobre o perfil profissional dos presos e as necessidades do mercado de trabalho. A partir desse estudo, técnicos da Secretaria de Estado do Trabalho e Promoção Social ministrarão cursos de capacitação aos detentos. Mas o secretário já adianta que nas penitenciárias paranaenses existem ótimos padeiros, marceneiros, mecânicos e eletricistas que, segundo ele, já sairiam empregados.

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As chances dos egressos serem discriminados pelo mercado de trabalho também mereceu atenção no encontro de ontem. Serathiuk garantiu que uma parceria com empresas, universidades estaduais e a Agência do Trabalhador garantirá a inserção dos presos no mercado. Para ele, "está na hora de as empresas mostrarem a tão falada responsabilidade social. E um grande exemplo dessa responsabilidade é admitir um ex-infrator, já em dia com a lei, que esteja tentando voltar ao convívio da sociedade".