Controle contra desvios é o foco de conselho

Colocar o dinheiro resultante da sonegação fiscal ou do narcotráfico em circulação se configura em lavagem de dinheiro. E para combatê-la, a Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil -Factoring (Anfac), lança mão de dois pilares: conhecer bem o cliente e seguir o dinheiro.

Embora esses direcionamentos sejam voltados às instituições financeiras de maneira geral, que junto às lotéricas e o comércio de joias integram o grupo para o qual o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) exigiu maior rigor no controle das operações, as recomendações se ampliam para os mais diferentes ramos de atividade.

Segundo o assessor jurídico da presidência da Anfac, José Luís Dias da Silva, as alterações na legislação delegaram às empresas esse papel de fiscalização. “Com a resolução 21 do Coaf, as empresas precisam repassar toda e qualquer operação suspeita para o Conselho e isso acarretou no aumento médio no custo operacional de 20% para as empresas de factoring”, informou. A contrapartida disso é que gradativamente toda a sociedade sentirá os reflexos disso. “Se o dinheiro obtido de qualquer contravenção não conseguir retornar ao sistema financeiro, a razão de infringir a lei visando lucro perde força”, explica.

Capacitação de associados

Segundo José Luís Dias da Silva, o aumento do custo operacional se deve ao maior investimento na capacitação dos profissionais para ampliar o controle. No acaso da Anfac, uma série de cursos para capacitar os associados estão sendo realizados pelo Brasil, hoje acontece em Curitiba. “Conhecer bem o cliente e seguir o dinheiro, saber quem será o beneficiário, fazem toda a diferença para que a empresa não seja intermediária entre ações criminosas”, orienta. Alguns exemplos de operações consideradas estranhas são: efetuar pagamentos em espécie de altas somas como para comprar um carro, ou em uma negociação a pessoa pedir para colocar a documentação no nome de uma terceira pessoa.

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