Contratação de babás exige cuidados

A necessidade que a maioria das mulheres tem de trabalhar fora de casa, contribuindo com o sustento da família, acaba fazendo com que as mesmas não consigam se dedicar de forma integral à criação dos filhos, precisando contratar uma profissional qualificada para tomar conta das crianças.

Atualmente, a presença de babás se faz cada vez mais constante e necessária nos lares brasileiros. Porém, com medo de estarem colocando dentro de casa uma pessoa pouco confiável, muitos pais temem deixar seus filhos, e não conseguem ficar sossegados.

Segundo a otorrinolaringologista Brenda Hupe Schwabe, que ontem falou sobre o assunto durante uma palestra promovida em Curitiba, a violência emocional cometida por babás é mais comum do que se imagina, podendo ser mais grave e deixar maiores seqüelas do que a própria violência física. "A violência física deixa marcas visíveis. Quando a criança aparece, por exemplo, com manchas roxas pelo corpo, é porque ela está caindo, a babá não está cuidando, ou pior, está levando beliscadas ou tapas", afirma. "Já a violência emocional geralmente não é percebida de forma tão rápida e pode deixar uma série de traumas, fazendo com que a vítima se torne uma pessoa insegura, com baixa auto-estima e sentimentos de rejeição."

Brenda esclarece que a agressão emocional acontece quando a babá grita com a criança, a submete à situações humilhantes, é extremamente impaciente ou chama a atenção sem motivo. Para evitar o problema, ela aconselha aos pais a, antes da contratação, buscarem referências da profissional e fazerem uma entrevista ampla com a mesma. Depois de escolhida a pessoa, é indicado combinar um período de experiência, não deixá-la completamente sozinha com a criança nos primeiros dias, utilizar babá eletrônica e mesmo câmeras de vigilância. "Também é muito importante observar o comportamento dos filhos. Se a criança não gosta da babá, ela vai passar a demonstrar rejeição", explica.

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