Contorno ferroviário é barrado pela burocracia

A linha do trem que corta dezenas de bairros da cidade é um velho problema. A circulação de imensas composições entre pessoas e automóveis mantém sempre vivo o risco de acidentes. Mesmo assim, o projeto do contorno ferroviário continua patinando na burocracia. Enquanto a solução não avança, a empresa responsável pelo transporte rodoviário tenta amenizar a situação através da conscientização de motoristas e pedestres. Na manhã de ontem, a América Latina Logística (ALL) realizou campanha de esclarecimento e orientação no Cajuru, na esquina das ruas Amador Bueno e da Trindade.

Os motoristas receberam panfleto com dicas e informações sobre como evitar acidentes. As principais recomendações são respeitar sempre a sinalização, ficar atento ao cruzar a linha férrea e nunca parar o carro sobre as passagens de nível.

Alguns dados do panfleto mostram o estrago que a colisão com locomotiva pode causar. Um trem é cerca de mil vezes mais pesado que o carro. Carregado, precisa de até um quilômetro para frear. Por isso, parar sobre a linha ou cruzá-la sem prestar atenção pode ser fatal.

Infração

Segundo o Código Nacional de Trânsito, a linha férrea é sempre preferencial. Transpô-la sem parar é infração gravíssima, sujeita à perda de sete pontos na carteira e multa de R$ 186,39. “Mesmo com tráfego intenso, a orientação é sempre parar e ficar atento. Os maquinistas são orientados a apitar 200 metros antes de cada cruzamento”, diz a gerente de responsabilidade corporativa da ALL, Fernanda Tonet.

Segundo a ALL, o número de colisões entre trens e automóveis vem diminuindo em Curitiba. Neste ano, foram registrados cinco acidentes. No ano passado, o número de abalroamentos chegou a 10.

Sem prazo pra obras

Mas a obra que poderia eliminar o problema ainda está longe de sair do papel, apesar de ser considerada “necessária e urgente” pelos órgãos governamentais. Segundo a prefeitura, o projeto, parado por restrições ambientais, foi retomado há cerca de três meses. Termo de referência entre município, Estado e a União já teria sido assinado. Agora, é necessária a elaboração de estudo de viabilidade. Depois, será realizada audiência pública e aberta licitação para contratação do projeto executivo. A obra segue sem prazo para sair do papel.

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