Continuam suspensas contratações para 3.º grau

O governo do Estado vai manter suspensa a contratação de 1.314 professores-colaboradores, que trabalhariam em regime temporário nas universidades estaduais. Ontem à tarde, o secretário Aldair Rizzi, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, se reuniu com os reitores das cinco universidades estaduais – o único que não compareceu foi Paulo Roberto Godoy, da Universidade Estadual de Ponta Grossa -, além do reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior. Entre os assuntos discutidos estava a suspensão de novas contratações.

Segundo o secretário, a decisão não será revista. Mas ele afirmou que irá aumentar a equipe que irá percorrer as universidades para fazer a avaliação. “Vai haver uma reprogramação, para concluir a avaliação o quanto antes”, afirmou a assessoria de imprensa. Ainda segundo a assessoria, até o final da semana que vem, deve ficar pronto o novo calendário, com o tempo previsto para finalizar todos os trabalhos. Conforme o secretário informou em coletiva à imprensa na semana passada, somente depois de pronta a avaliação será possível verificar se a contratação de professores temporários é de fato necessária, ou não.

“O secretário se comprometeu a emitir o relatório o mais rápido possível, para que se possa discutir a questão das contratações”, afirmou a reitora Lygia Pupatto, da Universidade Estadual de Londrina. Lygia afirmou que não ficou decepcionada com a reunião, pois havia se encontrado com o governador Roberto Requião e já sabia que a determinação não seria modificada.

Faculdades estaduais

As doze faculdades estaduais também não poderão fazer contratações e, assim como as universidades, terão que usar recursos humanos próprios para dar conta das necessidades em 2004. Também terão que adotar uma série de providências que vão desde a suspensão de testes seletivos até diminuição de gastos com luz e telefone, entre outras. Segundo o secretário Aldair Rizzi, as medidas são necessárias para a organização do sistema público de ensino superior e não poderão ser adiadas em hipótese alguma.

Sobre a regularização de 17 mil cargos nas universidades e faculdades estaduais, o secretário disse que a próxima etapa desse processo será a nomeação, por decreto do governador, de cerca de sete mil professores e nove mil agentes universitários. “Esse é o potencial das instituições de ensino superior e é dentro deste quadro que elas terão que atuar”.

“Se existir alguma folga nesse quadro isso não significa que faremos novas contratações. Qualquer contratação estará condicionada à avaliação institucional, bem como à disponibilidade de caixa”, insistiu Rizzi durante a reunião realizada ontem de manhã com os diretores das doze faculdades estaduais.

Na reunião, o secretário também informou que o governo do Estado não abre mão do projeto de extinção da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). O projeto prevê a incorporação das doze faculdades às universidades estaduais como forma de oferecer cursos de graduação e pós-graduação de qualidade assegurada. A extinção da Unespar depende ainda de aprovação pela Assembléia Legislativa.

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