Continua problema com micobactéria no Estado

As infecções por micobactérias em videocirurgias (procedimentos cirúrgicos feitos com a ajuda de câmeras de vídeo) continuam a ser motivo de preocupação no Paraná. Atualmente, em Curitiba, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, existem 55 casos confirmados de contaminação por micobactéria, em quatro hospitais (Pilar, Cruz Vermelha, Santa Casa e das Nações). Além disso, outros 49 casos suspeitos estão sendo investigados, dentre eles um óbito.

No último dia 28, o secretário estadual da Saúde, Gilberto Martin, assinou uma resolução, 141/2008, estabelecendo critérios mais rigorosos para reprocessamento de materiais utilizados em videocirurgias, o que minimizaria os riscos de contaminação. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no Estado, todos os casos de infecções por micobactérias são em Curitiba. Não há registros em outros municípios.

Ontem à noite, na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), o assunto foi discutido em um fórum que reuniu diretores clínicos de hospitais, médicos especialistas em infectologia e videocirurgias e outros profissionais de saúde ligados a comissões de controle de infecção hospitalar. Segundo o presidente do CRM-PR e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Gerson Zafalon Martins, a micobactéria é um gênero de crescimento bastante rápido. Em hospitais, a contaminação de pacientes submetidos a videocirurgias se dá através da utilização de equipamentos que não passaram por procedimento adequado de esterilização.

?A micobactéria pode estar presente tanto em hospitais públicos quanto privados. A contaminação de pacientes acontece quando não são tomados os cuidados corretos com os materiais em videocirurgias. O indicado é que os equipamentos utilizados nos procedimentos sejam lavados manualmente com água, detergente e escova, sejam secos com ar comprimido e posteriormente passem por esterilização?, diz Zafalon.

Os principais sinais da infecção estão ligados a nódulos e secreção no local da incisão cirúrgica e dificuldade de cicatrização. O tratamento é realizado através da utilização de antibióticos.

A partir do primeiro semestre de 2007, casos de contaminação por micobactéria foram observados em cidades de Pará, Mato Grosso, Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e principalmente Rio de Janeiro.

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