Empreendimento imobiliário assinado pela incorporadora Rossi e a construtora Thá, na região nobre do Água Verde, desde o final do ano passado provocou danos nos prédios da vizinhança. As obras no número 2206 da Avenida Iguaçu causaram rachaduras em vários condomínios na quadra formada com a Avenida Silva Jardim e as ruas Bento Viana e Ângelo Sampaio. A suspeita dos moradores que esses problemas estavam relacionados aos trabalhos no novo empreendimento foi confirmada em vistoria da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), órgão vinculado à Secretaria Municipal do Urbanismo da prefeitura de Curitiba.

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Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a Cosedi já notificou as empresas responsáveis pela obra e o município vai entrar com ação fiscal para exigir as correções necessárias. Em um dos imóveis próximos ao empreendimento da parceira Thá e Rossi, a Cosedi precisou interditar parte da obra. As duas empresas, entretanto, afirmam que não receberam a notificação. Em nota responderam ainda que no monitoramento “as edificações do entorno não apresentam risco estrutural”.

Problemas

Num condomínio, a reportagem da Tribuna verificou rachaduras nas paredes e afastamento entre os pisos da garagem. No quintal de uma das residências, as fissuras apareceram no piso e na parede. Além disso, a instabilidade do solo danificou um banheiro na garagem e causou o rompimento de manilhas e canos da rede de água.

Joyce Carvalho
Danos nos pisos.
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Moradores apontam demora

Os moradores reconhecem que integrantes das construtoras responsáveis pela obra dos dois prédios foram até os locais afetados, mas há demora na solução dos problemas. As advogadas que representam dois condomínios afetados, Laís Bergstein e Patrícia Nymberg, do escritório Professor René Dotti, explicam que o perito avaliou as edificações. Foi feita notificação extrajudicial na construtora e à incorporadora da obra. “Atenderam nos pedidos de monitoramento do solo, pois havia esta preocupação. Nos próximos dias deve sair o resultado e as partes vão voltar a conversar”, explica Laís. “Houve indicação informal da construtora que, se a causa for a obra, farão o reparo”, comenta Patrícia. As advogadas lembram que várias edificações apresentaram problemas ao mesmo tempo, ao longo da quadra.

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A gerente da regional Curitiba do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Adriana Casagrande, explica que a obra dos prédios passou por fiscalização em outubro de 2011, na qual não foi constatada nenhuma irregularidade quanto à documentação e responsabilidade técnica.