A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) deu prosseguimento ontem ao processo de licitação dos novos radares para a cidade de Curitiba. Ao todo, participaram da concorrência sete empresas, mas somente uma foi qualificada nas três fases do processo (habilitação, proposta técnica e proposta de preço).
A única empresa habilitada foi a Consilux, que já operava os equipamentos anteriormente. Por conta disso, apenas o envelope da companhia pôde ser verificado na sessão de abertura da proposta de preços.
A partir da próxima segunda-feira, empresas desclassificadas terão cinco dias corridos para entrar com recurso e outros cinco dias para a contrarrazão que serão analisados pela comissão.
De acordo com a diretora de trânsito da Urbs, Rosângela Battistella, a proposta apresentada pela companhia vencedora vai gerar uma economia de 34 % para os cofres públicos.
“O orçamento para o edital de licitação era de R$ 1,1 milhão. O preço apresentado pela Consilux foi de R$ 725 mil. Com o contrato, iremos economizar aproximadamente R$ 9 milhões em 24 meses de contrato. Além disso, teremos um preço menor e mais equipamentos funcionando, passando de 107 para 140 radares, que vão passar a operar em novos pontos”, explica.
O contrato prevê que a Consilux opere os radares por dois anos, que podem ser estendidos a mais três. Questionada sobre o imbróglio jurídico que envolve essa questão, a diretora de trânsito disse que tudo está conforme ordene a lei.
“A Consilux não tem nada que a desabone. Estava tudo correto com eles e o seu equipamento, testado pelo Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), funcionou perfeitamente. O problema envolve apenas a Urbs, que está tomando todas as iniciativas para apresentar sua defesa”, esclarece.
Enquanto os novos equipamentos não entram em funcionamento, a Urbs vai tentar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação para que os antigos radares voltem a funcionar. “Estamos trabalhando para que esses equipamentos voltem a funcionar e a dar cobertura ao trânsito de Curitiba. Seria interessante que eles estivessem em operação enquanto os novos radares são instalados gradativamente. Caso contrário, a situação fica do jeito que está até os primeiros radares serem instalados”, informa.
Battistella ressalta que os novos radares serão mais modernos que os antigos. “Os novos aparelhos não vão verificar apenas a velocidade do veículo. Eles serão capazes de verificar avanço de sinal vermelho, se o automóvel parou em cima da faixa de pedestre e se fez algum retorno proibido”, conta.
Pelo contrato, a empresa vencedora terá um prazo de até 240 dias para instalação de todos os radares. “Assim que sair a ordem de serviço, começam as instalações. Se tudo der certo, acredito que em março iniciam os trabalhos”, garante.