Consilux insiste que radares estão regulares

O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem) aguarda o envio de um ofício da empresa Consilux, dona dos radares em Curitiba, para poder retirar os lacres nos oito radares já inspecionados e interditados na última terça-feira. A empresa deve mandar o documento ao Ipem, para que possam ser realizadas as adequações necessárias, de acordo com as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Segundo a determinação do Ipem, a Consilux, logo após realizar o pedido de retirada dos lacres, terá um prazo ainda não determinado para corrigir as irregularidades constatadas nas inspeções. “O interesse na correção dos aparelhos é da empresa. Enquanto não forem realizadas as adequações, os radares vão continuar lacrados. Ainda estamos na espera do envio de um ofício por parte da empresa”, explica o diretor presidente do Ipem, Leonaldo Paranhos. De acordo com o Ipem, enquanto as adequações não forem realizadas, os radares deverão permanecer desativados. As inspeções continuam nos outros 61 radares da cidade e, se for constatada alguma irregularidade, a empresa será notificada.

Consilux

A empresa enviou um novo comunicado à imprensa, explicando as atitudes que serão tomadas. Segundo o comunicado, a direção da Consilux não deverá realizar adequações nos radares instalados em Curitiba. “A empresa entende que não existe nenhuma irregularidade técnica que comprometa o funcionamento dos equipamentos. As diferenças entre o modelo indicado pela Portaria 061, de agosto de 1999, do Inmetro e a atual forma de instalação adotada na capital já foram levadas ao conhecimento do Instituto. Mediante a aprovação do procedimento, ficariam afastadas as constatações de irregularidades, pois o próprio Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná reconhece que tais alterações não interferem na aferição de velocidade dos radares”. De acordo com a assessoria da empresa, a expectativa da direção da Consilux é que a apreciação do Inmetro ocorra o mais breve possível, para que o sistema retome as operações de fiscalização no trânsito de Curitiba.

Respeito à velocidade

O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, pediu ontem que os motoristas respeitem os limites de velocidade nas ruas da cidade. “Só é multado quem não respeita a lei, quem coloca em risco a segurança no trânsito, quem excede os limites de velocidade”, afirmou.

Cassio também criticou o uso político que vem sendo ensaiado pela oposição sobre a questão dos radares. “A oposição tenta fazer um debate político-eleitoral sobre os radares e acaba colocando em risco toda a segurança no trânsito.”

O prefeito disse ter absoluta certeza de que a maioria das pessoas responsáveis e de bem é a favor dos radares como medida de disciplinar o tráfego de veículos nas grandes cidades. Para concluir, Cassio disse que todos os curitibanos podem contribuir para a redução do número de multas emitidas nas ruas da cidade. “Se você é contra a multa, respeite a lei”, afirmou o prefeito”.

Vereadores do PT pedem lombadas eletrônicas

A instalação de equipamentos para controlar a velocidade no trânsito de Curitiba é uma necessidade compartilhada também por vereadores do PT. Pelo menos oito pedidos de instalação de redutores de velocidade foram protocolados na Prefeitura por vereadores do PT, apenas no ano passado. Na última quarta-feira, a Urbs, empresa que gerencia o transporte coletivo e o trânsito de Curitiba, revelou que recebe em média dois pedidos por dia da população e de vereadores para a instalação desses equipamentos na cidade.

O campeão de pedidos é o vereador Adenival Gomes, com quatro proposições. Todas foram indeferidas pela Urbs, porque não tinham embasamento técnico para a sua instalação. Em seu lugar, a Urbs promoveu a melhoria da sinalização para aumentar a segurança no trânsito. Foi o caso, por exemplo, da Rua Laudelino Afonso da Rocha, no bairro Xaxim, nas proximidades da Unidade de Saúde São Pedro.

“Redutores de velocidade do tipo físico, lombada ou ondulação transversal, não são mais adotados desde a instituição do Código de Trânsito Brasileiro”, esclareceu a Urbs na resposta ao vereador. “Quanto a redutor eletrônico (radar), não é viável sua implantação, por se tratar de via local. Além disso, as características físicas da via e o fluxo de veículos não são compatíveis com os requisitos mínimos necessários para a implantação desse tipo de equipamento, acrescentou a empresa.”

Para melhorar a segurança no trânsito, a prefeitura promoveu a colocação de placas indicativas de limite de velocidade no local (40 km/h) e de advertência de pedestres, além de pintura das legendas “Pare” nos cruzamentos das ruas Gabriel Ribeiro com Paulo Rio Branco de Macedo.

A mesma solução foi dada pela prefeitura em relação ao pedido feito para a colocação de redutor de velocidade na rua Ireno Marchesini, no bairro Boqueirão. “A via em questão não possui características físicas para a implantação desse tipo de equipamento”, informou a Urbs.

Além de Adenival, também solicitaram a implantação de redutores de velocidade os vereadores André Passos, Pedro Paulo, Nilton Brandão e Roseli Isidoro.

Na justificativa para o pedido de redutor para a Rua São Vicente Palotti, no Cajuru, a vereadora Roseli Isidoro afirmou que “moradores da rua citada, bem como padres e seminaristas que residem no Seminário São Vicente Palotti, estão solicitando adoção de medida no sentido de proceder a implantação de redutor de velocidade no local, uma vez que o trânsito tem sido perigoso principalmente dado o fluxo de veículos leves e ônibus que trafegam em alta velocidade, e colocam em risco a segurança dos pedestres e moradores”. A sinalização foi melhorada, sem a colocação de radar.

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