Deixar um carro em consignação para venda pode ser um bom negócio e com ganhos de 10% a mais do que uma venda antecipada em uma loja de seminovos ou concessionária. Mas uma negociação mal feita pode trazer muito prejuízo e dor de cabeça para os proprietários.
Mesmo sendo um erro primário, algumas pessoas ainda não fazem contrato na hora de optar pela consignação, o que coloca em risco o recebimento do dinheiro da venda. Mas o grande erro é a confiança em excesso dos proprietários ao assinarem o documento de transferência antes da negociação. Em muitos casos, o comprador e a loja não fazem a transferência e isso pode virar uma sucessão de problemas.
A principal orientação do Procon-PR é para uma atenção especial aos detalhes do contrato assinado, para que nenhuma das partes saia lesada. “Se a loja saiu com o carro, fez avarias, recebeu multas, ela terá que arcar com isso a partir daquela data que o consumidor deixou o veículo lá. E o consumidor, tendo o contrato, a data em que deixou o veículo, tendo algum prejuízo, mesmo depois da venda, pode vir até o Procon para formalizar a reclamação”, explica Cila de Fátima Mendes dos Santos, responsável pelo setor jurídico do órgão do consumidor.
Mas também é preciso ter certos cuidados antes de decidir deixar o carro em consignação. O Procon (0800-411512) e o site www.reclameaqui.com.br podem ser fontes para verificação da idoneidade das empresas. Outro órgão que pode ser um aliado é a Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar), que atua em Curitiba e região metropolitana. “O importante é ter o contrato ditando as regras e que o documento de transferência seja firmado após a negociação concretizada. O consumidor precisa tirar referências e, se quiser, é só ligar para a Assovepar e também recebemos reclamações para averiguar”, explica Silvan Dal Bello, presidente da Assovepar. O telefone da entidade é: (41) 3014-7150.
