Conselhos exigem filiação de docentes da UFPR

Conselhos profissionais do Paraná estão pressionando professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) a se filiarem. Alguns já receberam autos de infração e foram parar no Serasa por não pagar a anuidade. Mas os docentes justificam que estão exercendo a profissão de professor, e não a que está em seus diplomas, por isso não há obrigatoriedade de filiação.

Vanessa Cordeiro dá aulas de genética há 9 anos na instituição. Conta que recebeu a primeira carta do Conselho Regional de Biologia em dezembro de 2002. Tentou justificar a sua não-filiação, mas foi ignorada e outras cartas apareceram. Por último, foi comunicada que estava correndo um processo administrativo contra ela. “Acho isso um absurdo. Como passei em um concurso federal, há uma lei maior que não obriga a filiação. Isso fere a própria autonomia da universidade”, comenta.

Ela conta ainda que alguns colegas se filiaram, mas depois descobriram que não eram obrigados a ter o vínculo com o conselho. Deixaram que pagar a anuidade e o nome foi parar no Serasa.

A presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR), Maria Suely Soares, explica que os docentes estão subordinados apenas ao Ministério da Educação, e os conselhos não podem pressioná-los. Eles já pediram um parecer jurídico da UFPR, mas foram apenas orientados a resolver o problema na esfera política, para depois tomar qualquer medida judicial.

Maria Suely explica que há alguns anos eles já ganharam causas desse tipo contra algumas associações. Ontem à noite eles estiveram reunidos para definir que medidas a categoria iria tomar.

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