A Comissão Paritária de Consulta, responsável pelo processo de eleição na Universidade Federal do Paraná (UFPR), que reconduziu na semana passada o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior ao cargo, vai encaminhar um pedido de sindicância para o Conselho Universitário. A chapa do professor Francisco de Assis Marques, que ficou em segundo lugar, denuncia o uso da máquina administrativa durante a campanha.
A denúncia foi feita na última quarta-feira, após a votação. A chapa do professor Moreira está sendo acusada de usar a infra-estrutura da UFPR para obter votos. O reitor explica que um professor aposentado resolveu escrever cartas para os colegas pedindo apoio e usou material timbrado. "Isso não pode ser caracterizado como uso da máquina administrativa. Parece até piada", disse.
Diante da alegação da chapa oposicionista, Moreira também resolveu entrar com um recurso, no último sábado, fazendo a mesma alegação. Acusa a oposição de mandar e-mails para colegas usando os computadores da UFPR. Após várias discussões, a comissão resolveu encaminhar o pedido de sindicância para o conselho, que se reúne amanhã.
O órgão vai votar a lista tríplice com os nomes indicados para ocupar a Reitoria da UFPR, e enviar para o Ministério da Educação, que faz a homologação. Geralmente, o vencedor da eleição encabeça a lista, mas o conselho é soberano para fazer as indicações. Nesse encontro, o conselho também deve decidir se aceita ou não o pedido de sindicância que, se instalado, tem prazo de 30 dias para ser concluído. Se o nome de Moreira for homologado pelo MEC, ele fica na universidade até 2010. (EW)
