O secretário municipal Antidrogas de Curitiba, Fernando Francischini, ressaltou ontem a importância dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). A posição dele foi exposta durante o primeiro Fórum de Combate às Drogas e à Violência de Curitiba, que foi realizado ontem no salão de atos do Parque Barigui.
De acordo com Francischini, o objetivo do fórum é de tratar o assunto de forma livre. “Organizamos esse evento para abordar essas questões que ainda causam problemas para a cidade. Por isso, debatemos a questão dos Consegs, que julgo ser de fundamental importância para auxiliar as autoridades públicas no combate às drogas e à violência”, explica.
Na visão do secretário, os Consegs são verdadeiros representantes da comunidade, que apontam os problemas dos seus bairros. “A grande dificuldade hoje dos Consegs é a falta de uma lei específica que legitime sua existência. Eles estão atrelados ao poder público, quando precisariam ter independência em suas ações”, opina.
Francischini diz ainda que pelo fato de não ter muita força, os Consegs acabam sendo ignorados. “O governo quer esses conselhos para legitimar suas ações, entretanto, não querem quando esse ‘monstro’ que eles criaram reclame querendo melhorias. O que acontece hoje é que os Consegs funcionam com uma portaria, que pode ser mudada a qualquer momento. Com uma lei e uma eleição para escolher os representantes, os Consegs ficariam fortes”, afirma.
Para o presidente do Conseg do Bairro Alto, Marcos Murilo Holzmann, o fórum foi uma boa oportunidade para dar voz aos anseios do conselho. “São raras as oportunidades de nos expressar com os órgãos públicos. Isso é importante, pois o Conseg atua em diversas frentes, de solicitação de asfalto a assuntos ligados à segurança pública”, revela. Ele diz ainda que o momento para a realização do evento foi bem propícia. “Embora acredite que a situação deu uma melhorada, ainda há o problema das drogas e violência. É bom ver que existe preocupação para tratar estas doenças”, encerra.