A Sociedade Paranaense de Pediatria promove a partir de hoje, na Associação Médica do Paraná, em Curitiba, o 1.º Simpósio Internacional de Neonatologia e Neurologia Neonatal, que prossegue até o dia 23. Os trabalhos começam pela manhã mas a abertura oficial será às 20 horas. Cerca de trezentos especialistas devem participar do evento, que contará com a presença de conferencistas dos EUA.
O objetivo do seminário é atualizar os neonatologistas e neurologistas pediátricos, que juntos contribuem para a redução da mortalidade infantil e para a inserção social das crianças que apresentaram problemas de saúde ao nascer. Cerca de 60% da mortalidade infantil (até 12 meses de vida) é determinada no período neonatal (até 30 dias). Entre os prematuros (com menos de 1,5 kg de peso ao nascer), cerca de 85% precisam de atendimento neonatal.
Muitos bebês que hoje nascem prematuros, pesando até menos de 1 kg, conseguem se tornar crianças saudáveis. Há 20 anos, eles não teriam sequer a chance de sobreviver. Agora isso é possível graças às UTIs neonatais, que chegam a abrigar prematuros durante meses, e ao monitoramento posterior por especialistas como os neurologistas pediátricos. É a eles que cabe diagnosticar e encaminhar o tratamento das seqüelas neurológicas, que muitas vezes resultam da prematuridade. Assim como a evolução tecnológica que ajuda a vencer os efeitos da prematuridade, ela própria também pode ser produto dos avanços na área médica. É o caso dos prematuros resultantes de gestações induzidas, que usualmente provocam a concepção de vários bebês de uma mesma mãe, levam ao parto antecipado e também exigem o preparo dos médicos e a estruturação dos serviços de saúde para atender satisfatoriamente a nova demanda.