Congresso na capital debate mudanças na educação

"O mundo mudou. E com ele a educação tem de mudar." Quem afirma é a psicopedagoga Fernanda Sobreiro, que esteve ontem em Curitiba, para um congresso de educadores promovido pela rede de ensino Pitágoras, que discutiu a necessidade de aplicar o empreendedorismo no ensino. A temática se refere às alterações no setor empresarial e social como meios que atualmente pedem, em lugar do paradigma da estabilidade, posturas de iniciativa e criatividade que, para a profissional, devem ser passadas desde cedo aos alunos pela escola. "É preciso que o professor desenvolva capacidade de se relacionar com os alunos, despertar seus interesses, alimentar seus sonhos e se comprometer com sua vida", acredita.

 O contexto dessa necessidade está nas alterações das relações de trabalho, principalmente, o que se deve à escassez dos empregos e às alterações na expectativa de vida da população. "As gerações anteriores foram educadas dentro da premissa aproveite que a vida é curta. Hoje, temos de dizer a eles cuidado que a vida é longa, já que vivemos por muito mais tempo e estamos recomeçando a todo momento nas nossas relações profissionais e pessoais", analisa.

Para a educadora, o empreendedorismo é a lição que cabe a esse quadro. "É um comportamento acertivo e comprometido com o desempenho próprio. Hoje não se pode ter vínculo com a permanência e a educação empreendedora é que ajuda a potencializar valores e agregá-los aonde quer que seja."

O desafio é lançado, então, para os professores, que, em sala de aula, devem se preparar para alterações nas relações com os alunos, e na forma de repassar conteúdos. "A informação tem de durar para a vida toda, o que exige a saída daquela zona de conforto do ?eu ensino, vocês aprendem?. Esses valores estão sendo rediscutidos, porque hoje os alunos ensinam cada vez mais ao professor", explica.

Para ela, essa visão atual de reciprocidade significa estimular a vontade de participar, criar, lidar com os conflitos, trabalhar em equipe, ter metas, objetivos e superar dificuldades. Qualificações que, acredita, vêm sendo reconhecidas pelos governos como base para a construção social e econômica. "O aluno que não transforma sai caro para o Estado, não se torna um profissional capaz de evoluir. É nesse sentido que os projetos para a Educação têm de se desenvolver, discutindo os problemas das comunidades e despertando para além do ler e escrever."

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