A sexualidade é algo natural até o final da vida. Embora os idosos tenham certas dificuldades em realizar uma relação completa e prazerosa, nessa faixa etária também surgem vantagens para a prática do sexo. Além do maior tempo para se relacionar, os idosos são mais experientes e menos ansiosos, o que diminui a incidência de casos de ejaculação precoce.
O amor na maturidade foi o tema da palestra do geriatra Gilmar Calixto, ontem no Congresso Viver a Maturidade, promoção do Rotary Club, que está sendo realizado esta semana em Curitiba. Calixto explicou que os idosos não devem se ater a mitos, como o que diz que com a idade se perde o interesse sexual e que sexo na terceira idade é imoral: “O sexo é um ato que faz parte de um relacionamento. A manutenção da prática, mesmo com o envelhecimento, é normal e dá prazer aos idosos”, afirmou, destacando que sempre é bom lembrar que também eles precisam se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis.
Calixto mostrou dados apontando que 50% da população masculina mundial com idade entre 40 e 80 anos tem problemas de disfunção erétil (DE). Todavia, os novos medicamentos para combatê-la são eficazes: “Existem medicamentos que fazem com que a pessoa possa ter uma ereção capaz de manter uma relação completa até 36 horas após ter tomado o comprimido, claro, mediante o estímulo”, explicou o geriatra.
Calixto destacou que embora a quantidade de homens que tenham algum problema seja grande, apenas cerca de 5% deles recebem tratamento: “Em homens acima de 70 anos, a DE aparece em 67% dos casos”, revelou. Ele lembra que em muitas de suas consultas o homem só vai ao consultório acompanhado da mulher: “Tem mulheres que vão sozinhas para fazer a consulta pelo marido”, contou.