Cerca de 98% da água doce no planeta está em áreas subterrâneas. Essa fonte é uma excelente alternativa para problemas de abastecimento, provocado pela redução dos recursos hídricos, tanto pelo aumento populacional quanto pelo consumo do setor produtivo. Mas se a gestão das águas subterrâneas não for adequada, esse recurso também pode correr o risco de ser afetado.
As formas dessa gestão das águas subterrâneas, bem como dos recursos hídricos do planeta, estão sendo discutidos no 14.º Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, que está acontecendo em Curitiba. Pela primeira vez na capital, o evento – que começou ontem e segue até sexta-feira – está reunindo cerca de 700 participantes. O presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), na região do Paraná, Everton Luiz da Costa Souza, destaca que o evento é uma grande oportunidade para acompanhar as discussões sobre o tema que estão ocorrendo no Brasil e em outros países.
?A preocupação com os recursos hídricos está crescendo e, desde a legislação do setor, que está completando dez anos, tivemos uma evolução muito positiva na gestão desses recursos em muitos estados?, comentou Souza. Segundo ele, a qualidade e quantidade da água têm sido foco de investimentos, fazendo com que se consiga resultados expressivos, apesar de longe do ideal. No Paraná, destaca Souza, a gestão é bastante eficiente e envolve não só os órgãos governamentais, como a sociedade civil. A mesma atenção recebem as águas subterrâneas que, em algumas regiões, são responsáveis pelo abastecimento de 80% da população. É o caso do Aqüífero Caiuá, que abastece a região noroeste do estado.
O 14.º Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas está sendo realizado no Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do Paraná (Cietep), na Avenida Comendador Franco, 1.341. Paralelo ao evento acontece a Feira Nacional da Água.