Com a delicada relação entre médico e paciente, “O SUS como escola” é o tema central da 47.ª edição do Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem), que começa hoje em Curitiba e vai até a próxima terça-feira.
O caminho que a educação dos profissionais de saúde deve seguir daqui para a frente vai permear as discussões da classe médica, que pretende reunir mais de 3,3 mil congressistas na cidade.
Entre os assuntos principais que devem ser debatidos estão a pesquisa em educação médica, a avaliação e qualidade do ensino médico e a humanização na assistência e no ensino. Abertura de novas escolas médicas e revalidação de diplomas integram a programação.
“Será uma grande oportunidade de avaliar o ensino e a saúde no nosso País”, diz a presidente do congresso e professora da Faculdade Evangélica do Paraná, Patrícia Tempski.
Representantes de escolas médicas latino-americanas também serão recebidos no Simpósio da Organização Panamericana de Saúde, com o objetivo de formar um acordo de cooperação técnica com esses países.
A ideia dos profissionais é discutir modelos internacionais, e não mais locais, para o ensino médico na comunidade. Dirigentes de hospitais de ensino, membros da Associação Européia de Educação Médica e de órgãos dos governos federal, estadual e municipal completam a lista de convidados do Cobem.
Depois das discussões, o evento propõe ainda a criação da Carta de Curitiba, documento que pretende traçar as diretrizes para que o SUS seja de fato uma escola, para estágio e formação dos médicos que se formam.
O evento acontece no Centro de Convenções ExpoCuritiba, na Universidade Positivo (UP) e envolve as quatro escolas médicas de Curitiba: Faculdade Evangélica do Paraná, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná e UP. Mais informações pelo site www.cobem2009.com.br. O evento será transmitido pela Rede Universitária de Telemedicina.