Congresso debate liberação de documentos militares

As abduções, os implantes extraterrestres e a liberação de documentos militares sobre objetos voadores não identificados (ufos) foram os principais temas discutidos durante o 34.º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, que começou sábado e termina hoje em Curitiba. O evento, que reuniu cerca de 300 participantes do Brasil e exterior, é um dos principais encontros que tratam do tema no País. Ele também serve de fonte de informação para os estudiosos e interessados no assunto, pois reúne os temas mais atuais sobre ufologia mundial.

O coordenador do congresso e presidente da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (Anub), Rafael Cury, comentou que um dos destaques do congresso foi a palestra do médico cirurgião norte-americano e pioneiro nas pesquisas dos fenômenos de abduções seguidas de implantes extraterrestres, Roger Leir. ?Essa é uma temática que estudamos há mais de dez anos e agora vem a comprovação física que todos cobram?, disse.

Rafael: comprovação.

Segundo Cury, o médico retirou diversos fragmentos de pessoas abduzidas – que acredita-se que foram introduzidas para monitoramento. Muitos desses materiais são objetos metálicos, que na grande maioria não se sabe a origem, pois reúnem uma combinação de produtos.

Outro tema relevante tratado no congresso foi a liberação de documentos da Aeronáutica do Brasil sobre ufos. De acordo com Cury, o reconhecimento desses objetos aconteceu pela primeira vez no governo francês, na década de 60, e mais tarde, seguido pelos governos espanhol e chileno. Em 2005, comenta Cury, para surpresa dos ufólogos, o governo brasileiro divulgou a intenção de liberar os estudos e documentos sobre o assunto, através do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e Comando de Defesa Aérea Brasileira (Condabra), de Brasília. Entre os documentos estavam a pasta de 1954, que traz o depoimento de um piloto da Varig que fez o primeiro registo sobre Ufos. Apesar dessa iniciativa da Aeronáutica, nada de prático aconteceu até hoje, avalia Cury, que garante que irá pressionar o Congresso Nacional para que a liberação aconteça de fato. ?Eles se mostraram simpáticos a liberação, mas isso ainda não ocorreu na prática?, falou. Ele destaca que existem acontecimentos importantes que precisam ser divulgados, como os fenômenos luminosos seguidos pela Aeronáutica na década de 70 na região de Belém, no Pará; e a perseguição de ufos na década de 80 na região de São José dos Campos, em São Paulo. O sigilo precisa ser quebrado, entende o presidente da Anub, ?pois os estudos sobre o assunto avançaram e hoje até a Igreja Católica libera seus teólogos para falar do assunto?.

Marco: campanha.

O diretor da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos, co-editor da Revista Ufos e autor de cinco livros sobre o assunto, Marco Antônio Petit, afirmou que em abril diversas entidades irão deflagrar uma campanha nacional para a liberação dos documentos pela Aeronáutica. Uma das reivindicações é sobre um dos casos mais famosos no Brasil, que foi o caso de Varginha, em Minas Gerais, ocorrido em janeiro de 1996. Na época, dois membros da tripulação de uma nave que caiu na região de Três Corações foram capturados e, depois de muitas peregrinações por hospitais e bases militares, não há informações oficiais sobre o caso. Outro fato que desperta atenção é que o único policial militar que teve contato físico como uma das criaturas capturadas morreu cerca de um mês depois em circunstâncias até hoje não explicadas.

No mesmo período, membros da Força Aérea norte-americana estiveram no Brasil. ?Nós vimos partes dos documentos do Pará e São Paulo e acha mos que tudo isso, e mais o caso de Varginha, precisa estar à disposição de toda a população?, finalizou.

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