Confusão com Polícia Militar marca passeata

Cerca de quatro mil trabalhadores participaram da passeata pedindo a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial na manhã desta quarta-feira (28). A manifestação começou na praça Afonso Botelho, mais conhecida como praça do Atlético, e termimou na praça Rui Barbosa. Os manifestantes fizeram o trajeto passando pelas ruas Brigadeiro Franco e Doutor Pedrosa.

A intenção da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é pressionar o Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que discute a redução da jornada. Outras 15 capitais também protestaram nesta quarta-feira (28).

De acordo com a assessoria de imprensa dos sindicatos, houve sérios problemas com a Polícia Militar durante a manifestação. Mais de 20 bombas de efeito moral teriam sido atiradas pela PM contra os presentes.

O presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, Sérgio Butka, declarou que "nem mesmo na época do governo Jaime Lerner, que era de direita, teve uma repressão tão agressiva assim".

Ainda segundo a assessoria de imprensa dos sindicatos, dez pessoas fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e registraram boletim de ocorrênica no 11º Distrito Policial. Um dos feridos terá que ficar quarenta dias sem trabalhar por causa das lesões ocasionadas durante a passeata.

Nesta quinta-feira (29), em uma coletiva de imprensa, os sindicatos envolvidos vão divulgar o que julgam ser as imagens das agressões da Polícia Militar e falar das ações que pretendem tomar contra a PM e o governo do Estado.

A Polícia Militar foi procurada pela reportagem, mas não retornou as ligações.

Tentativa de paralisar ônibus

Um confronto entre lideranças das centrais sindicais e diretores do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) deu início à manifestação pela redução de jornada de trabalho, nesta manhã, em Curitiba. A Polícia Militar precisou intervir, com balas de borracha e bombas de efeito moral, para garantir que os ônibus deixassem as garagens. Os sindicalistas reclamaram que algumas pessoas saíram feridas, mas a polícia disse não ter conhecimento do fato

A intenção dos dirigentes da Força Sindical, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB) era impedir que os ônibus circulassem, o que poderia dar a impressão de uma adesão maior ao protesto. Mas o Sindimoc foi contrário a essa estratégia. "Não é prejudicando toda a população que vão conseguir alguma coisa", alegou o presidente da entidade, Denílson Pires da Silva.

Como a prefeitura e a Urbanização de Curitiba (Urbs), entidade de economia mista que gerencia o transporte coletivo da capital paranaense, tinham conseguido na Justiça um interdito proibitório para garantir a circulação dos ônibus, a polícia foi chamada e desmobilizou os piquetes. "Em várias garagens, atrasamos a saída dos ônibus, mas infelizmente houve truculência por parte da polícia, que acabou atrapalhando a nossa manifestação", reclamou o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa.

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