A iniciativa já foi apresentada pelos Caçadores de Notícias em outubro, quando a proposta ainda estava em discussão na comunidade. Por enquanto, 25 moradores aderiram ao projeto e instalaram na fachada de casa uma placa avisando que estão de olho em tudo e em todos. Também vem no kit, que custou R$ 5 por morador, um adesivo para o carro e um ímã de geladeira com espaço para anotar os números de telefone dos vizinhos do lado e da frente.
Felipe Rosa |
---|
Carlos: ideia é se integrar melhor, não bisbilhotar. |
O próximo passo será o uso de um apito, mas isso ainda depende da maior adesão dos moradores para que um verdadeiro apitaço aconteça no caso de situações suspeitas. Nesse momento a ideia é estar atento e conhecer quem mora ao lado, cultura que se perdeu com o passar do tempo. “A ideia é cuidar do outro, fazer com que o bairro se integre melhor e não bisbilhotar”, ressalta o farmacêutico Carlos Elói Parpinelli, 50, que é um dos mais entusiasmados com o projeto e acredita que o número de participantes ainda deve aumentar.
“É importante observar a rotina da casa do vizinho, conversar e, se perceber que algo está errado, ligar para saber se está tudo bem”, orienta a mobilizadora da Rede de Desenvolvimento Local da Fiep, Simone Tavares. Ela conta que a preocupação maior é combater o tráfico de drogas. Para a agente penitenciária aposentada Vera Lucia de Barros, 60, ainda é preciso mais envolvimento dos moradores. “O resultado tem que dar certo. Ainda vou conversar com meus vizinhos”, diz. Já a moradora Nair Stam, 62, está confiante com a mudança que o Gabineto terá em breve. “Isso traz mais segurança para nós. A placa já inibe. Se a pessoa tem a intenção de fazer alguma coisa por aqui, já sabe que tem alguém de olho”.
Felipe Rosa |
---|
Vera: falta envolvimento. |