A comunidade da Colônia Antônio Prado, em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, continua lutando contra a prefeitura para impedir que a Escola Antônio Prado, que atende alunos de 1.ª a 4.ª séries do ensino fundamental, encerre as atividades.
Ontem, 15 representantes do grupo contrário ao fechamento da escola conversaram com o procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, a fim de obter apoio do Ministério Público.
“O procurador nos recebeu muito bem e ouviu nosso apelo”, avalia a advogada que representa o grupo, Myrian Pilar Oliveira Rosa. Segundo a advogada, o procurador teria se posicionado em favor dos manifestantes e se comprometido a verificar o caso. “Por intermédio do procurador, conseguimos marcar uma reunião com o chefe de gabinete do governador, Carlos Moreira. Vamos levar nossos anseios a ele, mas tentaremos também conversar com o próprio governador Roberto Requião”, diz.
A advogada conta que ontem não houve manifestações. A forma encontrada pelos professores para expressar a luta pelo não fechamento da escola foi dar uma aula embaixo de uma árvore para os alunos cujos pais estão envolvidos diretamente na disputa.
De acordo com a prefeitura, a estrutura da escola será aproveitada para atividades do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti. No entanto, o secretário municipal de Educação, Romildo Brito, disse que ainda não iniciou os trabalhos do programa no local porque pretende resolver primeiro o impasse com a comunidade.
“O setor jurídico da prefeitura já está trabalhando para tomar as devidas providências”, afirma. Para o secretário, a professora que deu aula para as crianças embaixo da árvore está desobedecendo uma ordem direta da secretaria. “Ela está colocando em risco a vida dessas crianças. Essa professora não pode agir à revelia.”
O secretário tornou a dizer que os alunos da Escola Antônio Prado não vão ficar desamparados e que há vagas nas escolas da mesma região. E garantiu, ainda, transporte escolar gratuito para os estudantes.
