Com baldes, enxadas e vassouras nas mãos, alunos, pais e moradores próximos ocuparam ontem um prédio abandonado, que fica anexo ao Colégio Pedro Macedo, no bairro do Portão, zona sul de Curitiba. O local, onde nasceu o colégio na década de 50, está abandonado há quatro anos e serve de ponto de encontro de desocupados e marginais. A direção da escola está tentando junto à Secretaria Estadual da Educação a posse do prédio. Como isso não aconteceu, eles resolveram limpar e restaurar a área, e agora irão acionar o Ministério Público para interceder pela comunidade.

A diretora da escola, Edilaine Regina Triani, conta que os alunos e funcionários ficam expostos à violência, pois os marginais que ocupam o prédio praticam assaltos e roubos. “Tivemos que contratar um segurança, pago pelos alunos e professores, para fazer a segurança no período da noite”, comentou. Ela disse ainda que a polícia é chamada com freqüência para retirar do local objetos perigosos que ficam escondidos para serem usados pelas gangues da região. “Muitas vezes esses marginais abordam as pessoas na rua e trazem para dentro do prédio para praticar a violência”, afirmou.

Mutirão

O chamado para o mutirão também foi feito para a comunidade da região, onde o colégio está inserido. O vice-presidente da Associação de Pais e Mestres, Carlos Alberto de Mattos, disse que quem não pôde comparecer, ajudou enviando material de limpeza ou construção, vidros, tintas ou outros itens para a reforma do prédio. De dentro do imóvel foram retiradas várias sacolas com litros e latas vazias de bebidas, além de muito lixo e entulho.

Com a restauração do imóvel, a escola vai transferir para o local as atividades extracurriculares que são desenvolvidas na instituição. Entre as quais estão oficinas de teatro, artes, clube da informática, grêmio estudantil, coral e atividades esportivas. O Colégio Pedro Macedo é um dos maiores colégios do Paraná, e abriga hoje 3.700 alunos nos três turnos escolares.

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