Moradores do conjunto residencial Moradias Boa Esperança I, no Tatuquara, não sabem mais o que fazer para receber a correspondência em suas próprias casas. Isso porque desde a inauguração do conjunto, há pouco mais de três meses, nenhuma carta ou conta chegou aos domicílios e a população precisa se deslocar para ter acesso aos objetos postais.
Gerson Klaina |
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Vera: “todo tipo de serviço chega aqui, menos o básico”. |
De acordo com a dona de casa Vera Lúcia Hoffmann, que mora no local desde que foi inaugurado, vários pedidos já foram feitos aos Correios, mas até agora nenhuma providência foi tomada. “Estamos esperando até agora. Todo o tipo de serviço chega aqui: TV a cabo, telefone e tudo mais, menos o básico, que é o correio”.
“Para pagar a prestação da casa ou qualquer outra conta, temos que ir até o Pinheirinho. Só lá que tem agência dos Correios, uma lotérica e a agência da Caixa Econômica Federal. Aqui no Tatuquara não tem nada”, desabafa Valdirena Rodrigues Sena, que também está na Moradia Boa Esperança I desde o início.
Gerson Klaina |
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Valdirena: “para pagar contas, temos que ir até o Pinheirinho”. |
O vigia Antônio Pereira dos Santos conta que uma das prestações atrasou porque ele aguardou a entrega do boleto pelos Correios e, por causa disso, teve que pagar juros. “É uma vergonha. Aqui é uma obra do governo e um órgão do próprio governo não consegue entregar uma correspondência. Tive que ir na Caixa para resolver minha situação”, .
Fora das exigências
Em nota, os Correios alegam que o conjunto habitacional Moradias Boa Esperança I “não atende as exigências para a implantação da entrega domiciliária, como a existência de caixas receptoras de correspondências e de condições de segurança para os carteiros – casas sem muro e cachorros soltos”. A partir do momento em que as exigências forem cumpridas, será feito um estudo técnico minucioso para a implantação da entrega domiciliária.
Gerson Klaina |
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Para Correios, não há caixas receptoras e condições de segurança. |
