A compra de crédito transporte por pessoas físicas e estudantes cresceu 65% a partir de agosto. A média de comercialização desses créditos, que até julho era de 1,7 milhão por mês, passou, em agosto e setembro, para 2,8 milhões por mês. A utilização desses 1,1 milhão de créditos a mais significa que, em dois meses, quase R$ 600 milhões deixaram de passar em ônibus, estações tubo e terminais, ampliando a segurança de motoristas, cobradores e usuários.

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No total, de janeiro a setembro deste ano foram comercializados 17,2 milhões de créditos para pessoas físicas e estudantes, um milhão a mais do que o total registrado no mesmo período do ano passado (16,2 milhões). A compra de créditos transporte por empresas se mantém estável, em 12,5 milhões, em média, por mês.

O crescimento significativo na compra de créditos transporte por pessoas físicas registrado a partir de agosto é resultado do início do processo de modernização do cartão transporte, da campanha de incentivo ao uso do cartão e, em menor grau, da exclusividade do cartão transporte nas 66 linhas operadas com micro-ônibus, sem cobrador.

Em julho, a Urbs abriu três postos temporários para emissão de cartão transporte e, a partir de 1º de agosto, colocou à venda cartões transporte avulsos, além de ampliar para 25 o número de endereços – bancas de jornais e pontos comerciais em terminais – em que é possível fazer a carga de créditos.  Até então, à exceção da internet, a compra de créditos só podia ser feita na Urbs.

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Também em agosto foi lançado o cartão transporte avulso com a venda, até o final de setembro, de 20,8 mil unidades. O cartão avulso custa R$ 3,00 e pode ser adquirido e carregado em bancas de jornais na região central da cidade e em lojas localizadas em terminais de transporte.

Outro levantamento que mostra maior adesão ao cartão transporte é o número de unidades emitidas nos postos da Urbs nos meses de julho e agosto. Foram 39,6 mil cartões, uma média de 19,6 mil por mês, bem acima da média mensal registrada até junho, de 7,9 mil cartões por mês. Em setembro, a emissão de cartões estabilizou em torno de oito mil cartões usuário.

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A campanha de incentivo ao uso do cartão teve reflexo no sistema como um todo, elevando de 53% para 56% a média de passagens pagas com cartão transporte o que significa que dos 25,6 milhões de passagens pagas no mês, em torno de 14,5 milhões estão sendo pagas com cartão transporte. Esse dado inclui os créditos pagos pelas empresas como vale transporte a seus funcionários.

Micro-ônibus

O número de passageiros nos micro-ônibus vem se mantendo estável, registrando inclusive uma pequena alta na comparação com meses anteriores à medida de exclusividade de pagamento da tarifa com carão transporte.

Em junho, os micro-ônibus tiveram 56,2 mil passageiros (pagantes e isentos, todos com cartão); em agosto, esse número passou para 58,3 e, em setembro foram 59,2. Em julho, um mês atípico em função de férias e Copa do Mundo, foram 63,1 mil passageiros.

Técnicos da Urbs que acompanham a movimentação diária nos ônibus do sistema afirmam que será necessário aguardar mais algum tempo para uma avaliação mais precisa. Os dados registrados até aqui indicam que o movimento dos micro-ônibus se mantém dentro da variação média que ocorre ao longo do ano em função, por exemplo, de feriados e número de dias úteis em cada mês.

O turismólogo Felipe Martins, que usa diariamente o micro-ônibus da linha Cristo Rei aprovou a medida. “Ao mesmo tempo em que é mais prático e mais rápido para o motorista, também é mais seguro e melhora a mobilidade na nossa cidade”, afirmou.

Novas etapas

O lan&,ccedil;amento do cartão avulso, a ampliação dos locais de recarga e a possibilidade de pagar a tarifa domingueira (R$1,50) com cartão foram o início de um processo que prevê novas etapas, em fase de estudos e elaboração. É o caso do cartão pré pago, a ser lançado até o ano que vem; credenciamento de comerciantes e prestadores de serviço interessados na venda de créditos; e da  transformação do saldo de créditos em saldo em reais no cartão transporte.

Essa mudança abre a possibilidade de implantação de tarifas diferenciadas por horários – de maior e de menor movimento – e para quem utiliza o cartão ou paga em dinheiro. Os estudos estão sendo feitos por técnicos da própria Urbs e a previsão é que as novas etapas do processo de modernização do cartão sejam implementadas no ano que vem.