Coronavírus

Como será a vacinação contra a covid-19 no Paraná após liberação da vacina?

Foto: Rawpixel

Enquanto os laboratórios correm na reta final de aprovação das vacinas da covid-19, o Paraná vai se preparando para a imunização nos 399 municípios do estado em 2021. Com aprovação da Assembleia Legislativa em julho, o governo do estado já reservou R$ 100 milhões para a vacinação contra a covid-19, que inclui a compra da própria vacina e de insumos como refrigeradores de grande porte, seringas, caixas térmicas, gelo seco, combustível, entre outros.

O estado soma 5.827 mortes e 254.880 casos de Covid-19 desde o início da pandemia em março, segundo o boletim da Sesa de segunda-feira (23).

A operação é complexa, mas a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) garante já ter expertise e boa parte da logística para vacinar contra a covid-19. A rede pela qual a imunização do coronavírus será distribuída no estado é a mesma que a cada dois meses distribui 1,2 milhão de doses de 40 tipos de vacinas de outras doenças. “Já temos uma operação sólida com capacidade para receber, armazenar e distribuir vacinas no menor tempo possível.”, reforça o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Jr.

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Com as rotas atuais de distribuição, Werner enfatiza que a Sesa tem capacidade de entregar doses em qualquer ponto do estado no prazo de apenas um dia. “Nossas rotas são boas. A maior delas tem 700 km, o que equivale a cerca de 12 horas de viagem de caminhão”, complementa.

De ação prática neste momento, a Sesa está reforçando o sistema de refrigeração para estocar as doses. Para isso, dois contêineres refrigeradores para transportar as vacinas estão sendo substituídos por quatro maiores. Com isso, a capacidade de estocagem não só de vacinas, mas também de medicamentos e soros que exigem refrigeração, sobe de 480 metros cúbicos para 630 metros cúbicos.

Além disso, 700 novas câmaras refrigeradoras de mil litros cada estão sendo adquiridas para atender as 22 regionais de Saúde do Paraná. Esses refrigeradores vão estocar as vacinas até que elas sejam levadas aos municípios para serem aplicadas na população.

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Já em relação à quantidade de doses e o tipo de seringas e agulhas que serão utilizadas, a Sesa ainda tem que aguardar definições do Ministério da Saúde. A partir das diretrizes do Programa Nacional de Imunização (PNI), será definida a quantidade de insumos a ser adquirida no Paraná, bem como detalhes técnicos, como o tamanho de seringas e agulhas, conforme a vacina a ser aplicada. “Esse material depende de uma série situações: se a vacina é intramuscular ou intradérmica, se é em uma única dose ou mais, entre outros fatores”, explica o diretor da Sesa.

Werner afirma inclusive que os R$ 100 milhões reservados pelo Paraná para a vacinação poderão ser remanejados conforme a necessidade na vacinação. Por exemplo, se o Ministério da Saúde adquirir e repassar as vacinas para o estado, a Sesa poderá aplicar o dinheiro que seria para a compra de doses em outras ações.

“A gente ainda não sabe como vai ser a campanha de vacinação, se vai ser em 30 dias, três meses, seis meses ou mais. Assim como não sabemos a temperatura de armazenamento das doses. São definições que temos que aguardar”, aponta Werner.

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A única coisa que Werner acredita que o Ministério da Saúde deve confirmar em breve é que a primeira etapa da vacinação deve ser para idosos, profissionais de saúde e grupos com doenças prévias. “A partir dessa decisão, saberemos a quantidade de vacinas que virá para o Paraná”, conclui Werner

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