Desde ontem o Paraná tem um Comitê Estadual de Controle da Mortalidade no Trânsito. O órgão, criado a partir de uma parceira da Secretaria de Estado da Saúde e diversas entidades ligadas direta ou indiretamente ao trânsito, nasceu para investigar as causas de mortes no Estado, além de buscar medidas preventivas para reduzir esses números. Somente em 2001 foram registrados 2.537 óbitos em acidentes de trânsito no Paraná.
Participam do comitê departamentos de engenharia de várias universidades, Polícia Militar, Sistema Integrado de Atendimento a Emergências (Siate), Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). O novo órgão inicialmente atuará em Curitiba, São José dos Pinhais, Cascavel, Londrina e Maringá. Na prática o comitê funcionará como um analisador de situações de trânsito. A cada acidente, ele levantará as possíveis causas, coletando dados para criar formas de evitá-los.
Conforme o secretário de Estado da Saúde, Luiz Carlos Sobânia, a criação do comitê fará com que existam dados claros sobre o assunto. “Não podemos eliminar os acidentes, mas a maioria das mortes podem ser evitadas”, avaliou o secretário.
“Algumas vezes uma árvore ou outro obstáculo tira a visão do motorista, que mesmo trafegando em baixa velocidade pode colidir com outro carro ou pedestre. Só fazendo um levantamento local, conversando com pessoas que testemunham a situação e com envolvidos será possível tirar uma conclusão e verificar as medidas de prevenção”, afirmou Sobânia.
Dados do Siate mostram que 52,4% dos casos atendidos pelo sistema são de acidentes de trânsito. Curitiba é a única cidade das sete atendidas pelo sistema no Estado que está acima da média, com 61%.