Médicos que atendem por planos de saúde farão uma série de protestos em todo o País, a partir de amanhã, para reivindicar maior repasse pelos procedimentos e formalização de contratos. Em Curitiba, em assembleia ontem à noite, os profissionais decidiram aguardar a definição da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa, que se comprometeu a intermediar as negociações entre as entidades médicas e as empresas de planos de saúde. Isso deve acontecer no início da tarde de hoje, no entanto, de acordo com a assessoria do Simepar (Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná), caso isso não aconteça, não está descartada a paralisação por 15 dias a partir de segunda-feira.
A mobilização vai atingir todos os estados e tem apoio de entidades da classe médica. “Caso a paralisação aconteça, deve atingir boa parte dos planos. Somente dois convênios negociaram até agora”, explica Mário Ferrari, presidente do Simepar. Ele ressalta que a paralisação não significa parar de atender os pacientes. Neste período, a cobrança das consultas e procedimentos eletivos deve ser feita diretamente do paciente, que receberá recibo para solicitar reembolso da operadora. Atendimentos de urgência e emergência serão mantidos sem alterações.
Reivindicações
Entre os problemas os médicos relacionam a informalidade das relações entre os profissionais e as operadoras de planos de saúde. De acordo com Ferrari, os planos citam os médicos como integrantes da rede de atendimento, mas os contratos entre as partes não são formalizados. A categoria ainda reivindica maior valor para consultas e procedimentos; índices e periodicidade de reajuste; critérios para descredenciamento; e fim da intervenção antiética na autonomia da relação médico-paciente.
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