Comissão fará auditoria em cursos de Direito no Paraná

Três cursos de Direito ministrados no Paraná vão ser visitados por uma comissão de especialistas composta por integrantes do Ministério da Educação (MEC), Associação Brasileira de Ensino do Direito (Aped) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A intenção é averiguar a qualidade do ensino oferecido aos estudantes. Os cursos paranaenses campus Curitiba da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), campus Londrina da Universidade do Norte (Unopar) e campus Dois Vizinhos da União de Ensino do Sudoeste (Unisep) – fazem parte de uma lista de 60 instituições de todo o País.

De acordo com o MEC, a visita nessas faculdades e universidades será necessária porque os cursos, depois de notificados, não apresentaram explicações satisfatórias ou possíveis soluções para o baixo desempenho de seus alunos no cruzamento de dados do Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).

Segundo a assessoria da Secretaria de Ensino Superior (Sesu), o objetivo da fiscalização não é punir as instituições e sim orientá-las para uma melhora no nível do ensino. Ainda segundo o órgão, o esquema para as visitas ainda não foi definido e deve ser divulgado apenas na próxima semana. A única certeza é que 30 instituições serão acompanhadas ainda este ano e o restante apenas a partir de fevereiro de 2008.

Defesa

Todos os cursos paranaenses na mira do MEC receberam com tranqüilidade a notícia da visita da comissão. Unopar, PUCPR e Unisep destacaram que apenas com a presença dos especialistas será possível atestar a qualidade do ensino por elas oferecido.

De acordo com o pró-reitor de Graduação, Pesquisa e Pós-graduação da PUCPR, Robert Burnett, o curso de Direito da universidade tem 50 anos de tradição e um corpo docente qualificado. ?Temos 83% dos nossos professores com mestrado ou doutorado. Na avaliação do MEC em 2002, recebemos conceito muito bom?, afirmou.

Já o diretor-geral da Unisep, Luciano Steyer, destacou que a instituição não sensibilizou devidamente os estudantes para a participação na avaliação do MEC. ?Esse foi o nosso grande erro. Faltou conscientizar sobre a importância do Enade. O interstício entre julho, quando eles se formaram, e novembro, quando foi a prova, tirou o fogo dos alunos.?

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Unopar afirmou que já enviou ao MEC uma proposta formal para que a avaliação do Enade conste no histórico escolar dos alunos. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo