Quase 200 jovens foram parar no hospital, na madrugada de ontem, depois de um jantar no parque de exposições de Maringá, com suspeita de intoxicação alimentar. Eram participantes do Festival de Artes da Rede Estudantil (Fera), evento promovido pelo governo do Estado que reúne na cidade mais de seis mil estudantes. Entre os sintomas apresentados pelos jovens estavam diarréia, dor abdominal e vômito, mas não houve nenhum caso grave registrado pelos dois hospitais onde os atendimentos foram feitos -municipal e Universitário.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá, só no Hospital Municipal foram atendidas 120 pessoas. Na tarde de ontem, 80% delas já haviam sido liberadas. Ainda de acordo com a assessoria, o secretário municipal de Saúde, Heine Macieira, acompanhou pessoalmente os procedimentos e o prefeito de Maringá, Sílvio Barros (PP), triplicou o efetivo de médicos à disposição dos participantes do evento no parque de exposições de quatro para 12 profissionais. A assessoria informou, também, que a Vigilância Sanitária e a Sanepar recolheram amostras da comida e da água, respectivamente, consumidas pelos jovens para análise. No cardápio do jantar de quinta-feira foram servidos arroz, feijão, salada e carnes de frango e porco.
No Hospital Universitário (HU) os médicos assistiram 74 pacientes. Na tarde de ontem, 32 deles ainda permaneciam no hospital fazendo hidratação intravenosa. De acordo com o médico Carlos Edmundo Fontes, no HU também não foram registrados casos graves. ?De qualquer forma, encaminhamos amostras para exame de fezes, mas o resultado demora cerca de 48 horas?, disse.
De volta
Ontem à tarde, a maior parte dos jovens que passou mal durante a madrugada já estava de volta às atividades programadas no parque de exposições. De acordo com a chefe do núcleo do evento em Maringá, Adelaide Colombari, eles passavam bem, mas havia recomendação médica para que tomassem soro por via oral e ingerissem bastante líquido. A Vigilância Sanitária esteve no local onde os alimentos foram preparados e, segundo Adelaide, não constatou qualquer irregularidade. A análise das amostras de comida e água, porém, devem ficar prontas somente na próxima semana.