Pelas contas do farmacêutico Carlos Elói Parpinelli, nos 30 anos em que possui sua farmácia na parte alta do Jardim Gabineto, o estabelecimento já foi assaltado cerca de 80 vezes. Na maioria delas, ele deixou de registrar queixa à polícia por achar que não teria resultado, mas mudou de ideia. Parpinelli trocou sua estratégia e também aposta na união dos moradores como forma de combater a violência.

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Para o farmacêutico, ainda falta uma viatura policial circulando pelo bairro, o que pode trazer mais segurança para a região. Mas além de ficar esperando pela chegada da polícia, ele faz parte de um grupo que pretende implantar no bairro o projeto Vizinho Solidário até o final do ano. “Precisamos nos mobilizar mais, unir forças. Com a integração do pessoal é possível pedir mais coisas”, afirma.

Marco André Lima
Carlos aposta na integração.

A mobilizadora local Simone Tavares acredita nos resultados e se espelha em iniciativas de outros bairros que trouxeram resultados importantes. “Eles gostaram do Vizinho Solidário porque depende só deles, da sua mobilização e coragem”, diz.

A proposta é equipar a vizinhança com um apito, que é acionado toda vez que for identificada uma movimentação suspeita na redondeza. Ela também orienta a população a acionar a polícia sempre que os moradores tiverem problemas de segurança. “Com mais registros, maior a estatística na polícia e a possibilidade de ação. Estatisticamente está tudo bem no Jardim Gabineto para a polícia”, ressalta, referindo-se à ausência de registros de assaltos às casas e estabelecimentos comerciais.

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