Na edição do dia 18 de maio, a Tribuna denunciou a ação de prostitutas e travestis em plena luz do dia em uma das regiões mais movimentadas do bairro Boqueirão. Durante praticamente o dia todo, garotas de programa e travestis batem ponto nas ruas Anne Frank, Bom Jesus do Iguape e Carlos de Laet, na altura entre os terminais do Carmo e do Boqueirão.
Além de assustar os moradores da região, a nova atividade também tem atrapalhado o andamento dos negócios dos comerciantes do Boqueirão. Segundo eles, as prostitutas e travestis que atuam no bairro estão espantando clientes. De acordo com o proprietário de um pensionato, cujo foto da fachada foi publicada por engano na edição do dia 18, já ouve casos de clientes que desistiram de alugar um quarto no estabelecimento por causa da prostituição no local. “É muito complicado porque elas ficam aqui na frente da pensão e isso afugenta os clientes. Como nós só alugamos para mulheres, a situação fica mais difícil”, diz o comerciante, que preferiu não se identificar.
Para Gelson Kohler, dono de uma pequena loja de tecidos, a prostituição também trouxe outros problemas à região e o clima de insegurança é grande entre os moradores e comerciantes. “Hoje em dia, ninguém mais anda sozinho durante a noite. Alguns clientes pensam duas vezes antes de parar no meu estabelecimento”, conta.
A proprietária de um pequeno pet shop, que também preferiu não se identificar, diz que as prostitutas em si não incomodam, mas afirma que a presença delas pode espantar a clientela. “Nunca tive problemas com os travestis e garotas de programa, mas elas atrapalham o nosso comércio. Fica complicado de um cliente parar com elas por perto”, desabafa.
Ação
A Polícia Militar afirma que já estão acontecendo operações semanais para tentar coibir e amenizar a situação no bairro e trabalha para acabar com crime a perturbação da ordem pública, atentado ao pudor, atos obscenos, violência e tráfico de drogas. Esperar para ver.