A segunda fase da campanha de vacinação contra poliomielite teve uma característica diferente, ontem. Pais e filhos foram juntos aos postos para tomar vacina.

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É que ontem também começou, em todo o Brasil, a campanha de vacinação contra a rubéola, voltada para homens e mulheres entre 20 e 39 anos. Só no Paraná a meta é vacinar 3,4 milhões de pessoas até dia 12 de setembro.

Os empresários Eric e Anna Gozlan foram cedo ao posto de saúde, no bairro São Francisco, levar a filha Liora para tomar a vacina contra polio e também se imunizar contra a rubéola.

“Acho importante para evitar a contaminação de outras pessoas e também penso na prevenção, pois quando tiver outro filho já estou imunizada”, falou Anna. Para Eric, que veio da França e mora há dez anos em Curitiba, a iniciativa da campanha foi muito válida, pois alertou as pessoas sobre a doença e suas conseqüências. “Na França não existe esse tipo de campanha e só tomamos vacinas quando o médico orienta. Eu não sabia sobre a doença e só fiquei sabendo pela campanha”, comentou.

Lucimar do Carmo
No caso da polio, campanha pelas gotinhas entra na segunda fase.
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Para Ligiana e Alexandre Romanus, que são médicos e também levaram os filhos Enzo e Henrique para vacinar contra poliomielite, tomar a vacina é que questão de saúde pública. “Como profissionais de saúde, temos que dar o exemplo”, disse Ligiana. A rubéola, também conhecida como “sarampo alemão”, é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus.

Entre seus sintomas estão febre alta, manchas na pele, dor de cabeça e nas articulações, gânglios aumentados no pescoço e atrás da orelha. Nas mulheres, durante os primeiros meses de gestação, o vírus pode causar rubéola congênita e a criança corre o risco de nascer com patologias como catarata, atraso mental e surdez.

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Homens

Dessa vez, porém, os homens são o principal alvo da campanha. O motivo é que, dos mais de 8 mil casos da doença registrados em 2007, 70% foram em pessoas do sexo masculino. A médica pediatra Claude Closs lembra que, apesar disso, as mulheres também precisam se vacinar, inclusive as que estão amamentando – a única contra-indicação é para gestantes.

Ela acrescenta que a vacina também é obrigatória para quem já teve a doença ou participou da última campanha realizada na década de 90. “Muitos casos diagnosticados no passado podem não ter sido rubéola e, sim, alguma doença com sintomas parecidos”, explica.

Ontem as vacinas contra rubéola e poliomielite estavam disponíveis em 370 postos de vacinação em Curitiba. A partir de hoje, a vacina contra a rubéola estará disponível em todas as unidades de saúde e em locais de grande circulação de pessoas, como shoppings e supermercados.