A burocracia adiou para hoje o provável início da obra emergencial no km 20 da Estrada da Ribeira (BR-476), uma das rodovias que liga o Paraná a São Paulo. Na última sexta-feira, um temporal na região de Adrianópolis fez com que as tubulações de um bueiro estourassem, provocando o afundamento de parte da pista. O buraco que se abriu tem cerca de 5 metros de diâmetro e interrompeu o trânsito no sentido Paraná-São Paulo. Por precaução, a Polícia Rodoviária Federal impede a passagem de veículos pesados, como caminhões. Os carregamentos de madeira, muito comuns na região, estão sendo desviados para a BR-116, outro caminho de acesso a São Paulo.

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Segundo o engenheiro Ronaldo Jares, do Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte (Dnit), foi decretado estado de emergência para que a obra possa ter início, com a liberação oficial pelo Dnit-PR. ?Hoje (ontem) uma equipe já fazia levantamento topográfico da área e como é um caso de emergência, a empresa que vai trabalhar no local será contratada sem licitação?, explica. Apenas na segunda-feira o Dnit-PR conseguirá mensurar o custo total da obra.

Litígio

A abertura do buraco no km 20 talvez não ocorresse se o projeto de conservação de toda a Estrada da Ribeira não tivesse sido interrompido. Em novembro do ano passado, a empresa abriu licitação para dois contratos que, somados, estão avaliados em R$ 10 milhões. O trabalho previsto consiste na roçagem do mato e limpeza de todas as sarjetas, justamente para permitir que, em caso de chuva, seja possível o escoamento da água.

Segundo o engenheiro Marcelo Gasino, que conduziu o processo da licitação da Estrada da Ribeira, uma empresa entrou com recurso na superintendência do Dnit, em Brasília. ?A referida empresa não apresentou toda a documentação solicitada e acabou sendo considerada inabilitada para assumir a obra. Mas decidiram reclamar em Brasília?, diz.

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Embora o processo esteja travado até que a superintendência se pronuncie, o engenheiro acredita que no máximo em 60 dias as obras de conservação sejam finalmente liberadas. ?Quando corre dentro do Dnit, é um processo mais rápido. Só teremos problemas se houver recurso na Justiça Comum. Mas acho difícil que ocorra.?