Começou ontem e segue até o próximo dia 19 a primeira etapa da vacinação contra a gripe A (H1N1) em todo o Brasil, destinada a profissionais da saúde e à população indígena.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é imunizar todos os trabalhadores que atuam na linha de frente com os pacientes suspeitos de terem contraído a nova gripe.
No Paraná, esses dois grupos prioritários englobam quase 152 mil pessoas. Como o Estado já recebeu 167 mil doses da vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde, o restante deve ficar para as próximas etapas da campanha de vacinação.
No Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que no ano passado foi o hospital referência em Curitiba para atendimento dos casos graves de doenças respiratórias, ontem, cerca de 700 funcionários foram vacinados.
Terão prioridade os profissionais que atuam no pronto-atendimento, seguidos por quem atua na maternidade, no setor de infectologia e os demais funcionários do hospital.
“A gente oferece a vacina e faz a sensibilização, mas não pode obrigar os profissionais a se vacinar”, diz a chefe do Serviço de Epidemiologia do HC, Suzana Moreira. O HC tem pouco mais de 5 mil funcionários.
Orientação divulgada pela assessoria de comunicação do HC alerta que quem se vacina não pode doar sangue durante um mês, então a dica é aproveitar para fazer a doação antes da vacina.
Depois dos profissionais de saúde e indígenas, será a vez das grávidas, de crianças de seis meses a dois anos e de doentes crônicos serem vacinados, no período do próximo dia 22 até 2 de abril. Quem apresentar sintoma de alguma doença deve aguardar a melhora antes da vacinação contra a gripe A.
Números
Neste início de ano, a gripe já tem 373 casos confirmados e cinco mortes no Paraná. A maior parte dos casos foi registrada nas regiões de Maringá (90 casos), Curitiba (84) e Londrina (83). As mortes ocorreram nas regiões de Maringá (2), Curitiba (1), Ponta Grossa (1) e Pato Branco (1).
No ano passado, os casos ultrapassaram a barreira dos 10 mil e as vítimas fatais chegaram a 289 no Estado. O pico da doença aconteceu nos meses de julho e agosto, com grande procura pelos serviços de saúde. O Paraná teve a maior taxa de mortalidade do Brasil de gripe A, com 2,3 mortes a cada 100 mil habitantes.
Escolas
Com o início da mobilização para a vacina, as escolas começam a alertar pais e alunos sobre os cuidados para se prevenir contra a gripe, já que até esse momento crianças e adolescentes em idade escolar estão fora dos grupos prioritários para receber a vacina.
Alunos que apresentem sintomas de gripe não devem ser encaminhados para a escola e aqueles que desenvolverem sintomas durante as aulas serão mantidos isolados dos outros alunos, se possível usando máscara cirúrgica descartável, até a chegada dos pais.