A demora no atendimento de saúde, o tráfico de drogas, o egoísmo, o aborto, a eutanásia. De acordo com a igreja, estas são apenas algumas das formas de atentado à vida. Neste ano, a Campanha da Fraternidade propõe reflexões sobre esses temas que muitas vezes provocam polêmica na sociedade. A campanha, com o título ?Escolhe, pois, a vida? será lançada oficialmente hoje, às 19h, na Catedral Basílica de Curitiba.
Em entrevista coletiva ontem à tarde, o arcebispo metropolitano dom Moacyr José Vitti, disse que manter a vida é um desafio e a grande preocupação da igreja com a campanha deste ano. ?Deus nos dá a vida e só ele pode tirá-la, mas hoje está acontecendo o contrário, é o homem quem está fazendo isso?, afirmou. Ele explicou ainda que a Campanha da Fraternidade 2008 visa enfrentar todas as tentativas de se tirar a vida do ser humano. ?Nosso objetivo é chocar, conscientizar a sociedade para que todos se responsabilizem por isso?, disse o arcebispo.
Fé
O professor de bioética do Studium Teologicum, padre Ricardo Hoepers, comentou sobre o aborto e a pílula do dia seguinte. ?São escolhas contra a vida. Do ponto de vista da fé não podemos aceitar isso. Por isso precisamos dar apoio às mães, mostrar uma visão mais amadurecida diante da sexualidade. Mostrar, por exemplo, que não é só pelo aborto que se resolve o problema?, afirmou.
Um dos atos práticos da Campanha da Fraternidade – cujo objetivo é se estender além do período da Quaresma, que começou ontem e termina na quarta-feira da Semana Santa -é a arrecadação de doações em dinheiro, que serão revertidas para projetos específicos e necessários em cada comunidade. Neste ano, o Dia Nacional da Coleta da Solidariedade será 16 de março.
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